O Fantástico deste domingo (28) exibe entrevista exclusiva com o Papa Francisco, a primeira a um jornalista desde sua eleição. Na sua visita ao Brasil, o sumo pontífice encontrou tempo na agenda para receber o repórter Gerson Camarotti, da GloboNews, para uma conversa franca.
Na entrevista, o papa abordou assuntos difíceis, como os escândalos no Vaticano e os desafios da Igreja Católica para atrair fiéis. Comentou também a acolhida que teve no Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude, e deu lições de humildade, solidariedade e humanidade.
Francisco também explicou a atitude que toma em relação a sua segurança.
“Eu não sinto medo. Sei que ninguém morre de véspera. Quando acontecer, o que Deus permitir, será. Eu não poderia vir ver este povo, que tem um coração tão grande, detrás de uma caixa de vidro. As duas seguranças (do Vaticano e do Brasil) trabalharam muito bem. Mas ambas sabem que sou um indisciplinado nesse aspecto.”
Leia, a seguir, trechos da entrevista concedida pelo Papa a Gerson Camarotti.
Rivalidade entre Brasil e Argentina
“O povo brasileiro tem um grande coração. Quanto à rivalidade, creio que já está totalmente superada. Porque negociamos bem: o Papa é argentino e Deus é brasileiro.”
Pobreza x ostentação
“Penso que temos que dar testemunho de uma certa simplicidade - eu diria, inclusive, de pobreza. O povo sente seu coração magoado quando nós, as pessoas consagradas, são apegadas a dinheiro.”
Perda de fiéis
“Não saberia explicar esse fenômeno. Vou levantar uma hipótese. Pra mim é fundamental a proximidade da Igreja. Porque a Igreja é mãe, e nem você nem eu conhecemos uma mãe por correspondência. A mãe... dá carinho, toca, beija, ama. Quando a Igreja, ocupada com mil coisas, se descuida dessa proximidade, se descuida disso e só se comunica com documentos, é como uma mãe que se comunica com seu filho por carta. Não sei se foi isso o que aconteceu no Brasil. Não sei, mas sei que em alguns lugares da Argentina que conheço isso aconteceu.”
Escândalos no Vaticano
“Agora mesmo, temos um escândalo de transferência de 10 ou 20 milhões de dólares de monsenhor. Belo favor faz esse senhor à Igreja, não é? Mas é preciso reconhecer que ele agiu mal, e a Igreja tem que dar a ele a punição que merece, pois agiu mal. No momento do conclave, antes temos o que chamamos congregações gerais - uma semana de reuniões dos cardeais. Naquela ocasião, falamos claramente dos problemas. Falamos de tudo. Porque estávamos sozinhos, e para saber qual era a realidade e traçar o perfil do novo Papa. E dali saíram problemas sérios, derivados em parte de tudo o que vocês conhecem: do Vatileaks e assim por diante. Havia problemas de escândalos. Mas também havia os santos. Esses homens que deram sua vida para trabalhar pela Igreja de maneira silenciosa no Conselho Apostólico.”
Os jovens
“Com toda a franqueza lhe digo: não sei bem por que os jovens estão protestando. Esse é o primeiro ponto. Segundo ponto: um jovem que não protesta não me agrada. Porque o jovem tem a ilusão da utopia, e a utopia não é sempre ruim. A utopia é respirar e olhar adiante. O jovem é mais espontâneo, não tem tanta experiência de vida, é verdade. Mas às vezes a experiência nos freia. E ele tem mais energia para defender suas ideias. O jovem é essencialmente um inconformista. E isso é muito lindo! É preciso ouvir os jovens, dar-lhes lugares para se expressar, e cuidar para que não sejam manipulados.”
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/07/fantastico-exibe-entrevista-exclusiva-com-papa-francisco.html
O cotidiano, problemas, a resposta para a origem do universo, o sentido da vida e tudo mais... Tudo junto e misturado.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
domingo, 28 de julho de 2013
A SAÚDE, O SUS E O PROGRAMA “MAIS MÉDICOS”
Leiam com atenção o texto do Médico e Professor Gastão Wagner de Sousa Campos e vejam por quais motivos o Brasil não avança em suas Políticas de Estado, ou seja, faltam cabeças que sejam isentas no âmbito do governo federal – o atual ministro da saúde, bem como seus antecessores, nada mais é do que um políticos profissional. O Padilha só pensa em armar a sua escada eleitoral para disputar o governo de São Paulo em 2014.
Gastão Wagner de Sousa Campos – professor titular de Saúde Coletiva da FCM/UNICAMP.
17 de julho de 2013.
O programa “Mais Médicos” apresentado pelo governo federal é uma tentativa de responder ao movimento social dos últimos meses. O projeto tem quatro propostas principais que objetivariam melhor a qualidade da política pública de saúde e do SUS.
Essa iniciativa levanta temas que merecessem apoio, mas, ao mesmo tempo, traz vários aspectos que não deverão ser apoiados por aqueles interessados no bem-estar dos brasileiros.
Merece nosso apoio o propósito de “contratar” 10 000 médicos para a rede de atenção básica (primária), particularmente, em postos localizados em regiões de grande vulnerabilidade social e sanitária, tanto em municípios pequenos ou médios quanto na periferia dos grandes centros. A extensão da atenção primária à saúde em geral, e da Estratégia de Saúde da Família, para mais de 90% dos brasileiros, nunca foi assumida como meta por nenhum governo federal ou estadual. Vários políticos haviam desistido da Saúde da Família, haviam se encantado com a substituição desse modelo pela demagogia das Unidades de Pronto Atendimento. Então, louvor ao propósito do governo federal de apoiar os municípios para provimento de médicos.
Merece nosso apoio o propósito de “contratar” 10 000 médicos para a rede de atenção básica (primária), particularmente, em postos localizados em regiões de grande vulnerabilidade social e sanitária, tanto em municípios pequenos ou médios quanto na periferia dos grandes centros. A extensão da atenção primária à saúde em geral, e da Estratégia de Saúde da Família, para mais de 90% dos brasileiros, nunca foi assumida como meta por nenhum governo federal ou estadual. Vários políticos haviam desistido da Saúde da Família, haviam se encantado com a substituição desse modelo pela demagogia das Unidades de Pronto Atendimento. Então, louvor ao propósito do governo federal de apoiar os municípios para provimento de médicos.
Entretanto, não merece nosso apoio a forma de “contrato” indicada pelo governo. Em realidade, é um contrato ilegal e as condições de recrutamento parecem inventadas para “espantar” os eventuais candidatos. Primeiro, porque se trata de um “contrato” provisório, três anos, prorrogáveis por mais três. O que significa que os médicos deverão deixar todas suas atividades – plantões, consultórios, etc. – para algo que terminará e o deixará com uma mão à frente e outra atrás. O governo federal dá um péssimo exemplo ao insistir em recrutar pessoal de maneira canhestra, a margem da lei, sem segurança ao profissional. As contratações precárias são um dos principais problemas do SUS hoje. Por que não propor uma carreira para os médicos da atenção básica? Uma carreira do SUS, com cofinanciamento da União, estados e municípios. Fazer concursos por estado da federação. Criar um interstício de cinco anos em que o médico estaria obrigado em permanecer no posto. Depois, antes de outro concurso, ele poderia escolher outra localidade ou outro posto. Como ocorre com juízes e promotores, há município sem juiz? A queixa das entidades médicas em relação ao modelo de contratação tem sentido e conduzirá o programa ao fracasso. Além do mais já é hora de criar-se uma política de pessoal decente para o SUS. Temos recursos e proposições factíveis que combinam a cobrança de responsabilidade sanitária, para médicos e outros profissionais, com autonomia profissional.
Merece ainda nosso apoio a preocupação com a formação dos médicos segundo métodos empregados em países com sistemas públicos de saúde, no caso, aumentando estágio na atenção primária ou básica. Merece também nosso elogio a decisão de recrutar uma parte dos médicos da atenção básica segundo normativas compulsórias ou estratégias de indução. Todos os países do mundo têm dificuldade para compor médicos para a atenção primária.
Entretanto, não tem cabimento racional estender-se o curso de medicina para oito anos! O necessário será realizar-se reforma do ensino médico, objetivando formar médicos com formação geral, em clínica e em saúde pública, com estágios práticos em todos os serviços do sistema, inclusive na atenção básica.
Entretanto, não tem cabimento racional estender-se o curso de medicina para oito anos! O necessário será realizar-se reforma do ensino médico, objetivando formar médicos com formação geral, em clínica e em saúde pública, com estágios práticos em todos os serviços do sistema, inclusive na atenção básica.
Ao invés de acrescentar-se mais dois anos ao já longo curso de graduação seria muito mais simples obrigar que todas as residências, de todas as especialidades, realizassem todo o primeiro ano em unidades básicas de saúde. Nesse caso, durante esse ano, as bolsas de residência seriam aumentadas segundo o piso inicial da carreira dos médicos da atenção básica. Óbvio que com supervisão de professores no local e à distância, por meio das Universidades responsáveis pelos cursos de residência. Para isto, bastaria que MEC e Ministério da Saúde apenas alterassem as normas da residência médica e teríamos esses dois objetivos atendidos: tanto o de melhorar a formação dos médicos, reforçando o caráter integral e humanista, afinal médico lida com gente e não com máquinas, quanto garantindo que entre sete e dez mil médicos, no primeiro ano de residência, estariam na atenção básica, de preferência nas localidades com alta vulnerabilidade. Vale lembrar que, em torno de 90% das bolsas de residentes, são de origem pública. União e estados da federação.
Merece ainda nosso apoio, a ampliação, em torno de dez mil novas vagas, para residência. Particularmente se forem priorizadas residências para médicos de saúde da família e comunidade (generalistas, especializados em atenção primária) e outros especialistas em falta no SUS: anestesistas, psiquiatras, oncologistas, pediatras, entre outros.
Merece ainda nosso apoio, a ampliação, em torno de dez mil novas vagas, para residência. Particularmente se forem priorizadas residências para médicos de saúde da família e comunidade (generalistas, especializados em atenção primária) e outros especialistas em falta no SUS: anestesistas, psiquiatras, oncologistas, pediatras, entre outros.
Entretanto, não tem cabimento a proposta de ampliarem-se dez mil vagas para graduação médica. O Brasil tem 1,8 médicos por mil habitantes; o Canadá, 1,7; a Inglaterra, 2,4; com mais dez mil médicos se formando ao ano, em menos de uma década, teríamos um número excessivo de médicos. Elemento danoso conforme demonstram caso dos EUA e de Cuba.
Entretanto, de fato, necessitamos de mais médicos, mais vagas nas Faculdades de Medicina, não entre dez a onze mil; mas algo entre três e quatro mil vagas. Nesse caso, o governo e o SUS deveriam apoiar a ampliação da rede de Faculdades Públicas, não há porque estimular a abertura de escolas privadas.
Entretanto, de fato, necessitamos de mais médicos, mais vagas nas Faculdades de Medicina, não entre dez a onze mil; mas algo entre três e quatro mil vagas. Nesse caso, o governo e o SUS deveriam apoiar a ampliação da rede de Faculdades Públicas, não há porque estimular a abertura de escolas privadas.
Resta-nos a intenção governamental de “importar” médicos estrangeiros no caso de brasileiros não preencherem a cota necessária. Caso se adotasse a proposta de realizar-se o primeiro ano de residência, em todas as especialidades, na atenção primária, seriam de sete a dez médicos a mais na rede básica! Bem, ainda tendo em vista o modelo de contratação já criticado, parece-nos que a inevitabilidade destas contratações é determinada muito mais pela falta de carreira e possibilidade de remanejamento e promoção ao longo dos anos, do que a outros fatores. Por outro lado, o subfinanciamento crônico do SUS e estímulos fiscais à medicina de mercado fizeram com que, para atender aos 25% de brasileiros com seguro privado, tenhamos 54% dos recursos financeiros gastos em saúde. Isto induziu uma distribuição de médicos distorcida, quase 55% da capacidade de atendimento médico é absorvida pelo setor privado.
Falta SUS, portanto.
Falta SUS, portanto.
O Brasil escolheu o “direito universal à saúde” quando elaboramos nossa Constituição. Trata-se de um princípio de natureza ética, moral, que se transformou em lei. Nossa Lei Maior responsabilizou o Estado e a sociedade pela transformação desse valor abstrato em realidade. Indicou ainda um modelo organizacional para dar concretude a essa aspiração: o SUS.
Falta enfrentar o entrave do subfinanciamento, calcula-se que seria necessário dobrar os gastos com o SUS. De 3,6% do PIB chegar-se a mais de 7%. Falta eliminar o incentivo fiscal e os repasses de orçamento público ao setor privado, cálculos indicam que seriam injetados mais de 20 bilhões de reais no SUS ao ano se isto acontecesse.
Falta enfrentar o entrave do subfinanciamento, calcula-se que seria necessário dobrar os gastos com o SUS. De 3,6% do PIB chegar-se a mais de 7%. Falta eliminar o incentivo fiscal e os repasses de orçamento público ao setor privado, cálculos indicam que seriam injetados mais de 20 bilhões de reais no SUS ao ano se isto acontecesse.
Falta realizarmos uma radical reforma do modelo de funcionamento da assistência à saúde em geral e da assistência médica em particular. O SUS é uma adaptação tupiniquim da tradição dos Sistemas Públicos e Universais de Saúde que surgiram na Europa a partir da segunda metade do século XX. Estes países inventaram a atenção primária com base em médicos e enfermeiros generalistas, encarregados do atendimento clínico e preventivo de toda a população e não somente dos pobres. Os hospitais e especialistas funcionam articulados, integrados, em rede com a atenção primária. Os serviços de urgência e de saúde coletiva são complementares.
Falta prosseguir na reforma administrativa e do modelo de gestão do SUS. O SUS está fragmentado, dividido, com políticas e programas diferentes conforme o governo, conforme seja da União, dos estados ou dos municípios. O SUS está dividido entre atenção primária, hospitais, ambulatórios, urgência, saúde mental, etc. O SUS está sendo estraçalhado entre serviços públicos, organizações sociais, fundações, entidades filantrópicas, uma Babel em que não há solução gerencial mágica. O SUS sofre com as mesmas mazelas do Estado brasileiro: ineficiência, privatização de interesses, clientelismo, burocratização. Precisamos, urgente, de uma reforma do modelo de gestão que diminua o poder discricionário do poder executivo e que assegure sustentabilidade e continuidade ao SUS.
Falta, vale insistir, uma ampla e generosa política de pessoal: repensar a formação, carreiras com responsabilidade, condições de trabalho
adequadas, e educação permanente.
O Brasil precisa do SUS.
Nascimento” do PT
(Lúcia Hippólito)
O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.
Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento de um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.
“Crescimento” do PT:
O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.
O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.
O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.
Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.
Tudo muito chique, conforme o figurino.
“Maioridade” do PT:
E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.
Pessoas honestas e de princípios se afastam do PT.
A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio Junior.
Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.
Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto.
E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.
Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.
Quem ficou no PT?
Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.
Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.
Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.
Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.
É o triunfo da pelegada.
Lucia Hippolito
O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.
Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento de um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.
“Crescimento” do PT:
O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.
O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.
O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.
Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.
Tudo muito chique, conforme o figurino.
“Maioridade” do PT:
E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.
Pessoas honestas e de princípios se afastam do PT.
A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio Junior.
Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.
Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto.
E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.
Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.
Quem ficou no PT?
Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.
Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.
Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.
Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.
É o triunfo da pelegada.
Lucia Hippolito
O mundo de Lula
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BRASÍLIA - Luiz Inácio Lula da Silva escreveu um artigo para o jornal "The New York Times" a respeito da onda de protestos de rua pelo Brasil.O ex-presidente usa o texto para duas finalidades. Primeiro, faz um autoelogio sobre seu governo e a ampliação da sociedade de consumo. Depois, aponta razões da insatisfação dos brasileiros. Aí, claro, o responsável é um sujeito oculto.
O PT está no comando do país há dez anos e meio, com Lula e Dilma Rousseff. É mérito petista o aumento do mercado consumidor. Mas está nesse mesmo escaninho a responsabilidade pelo que não foi realizado.
"Eles [os manifestantes] querem uma melhoria na qualidade dos serviços públicos", escreve Lula. É verdade. E prossegue: "As preocupações dos jovens não são apenas materiais (...) Acima de tudo, eles demandam instituições políticas que sejam mais limpas e transparentes, sem as distorções do sistema político-eleitoral anacrônico brasileiro, que recentemente se mostrou incapaz de conduzir uma reforma".
Como assim? O "sistema" se mostrou incapaz? De qual sistema Lula está falando? O ex-presidente escreve como se não tivesse se esbaldado por oito anos em abraços com tudo o que ele próprio rejeitara no passado, inclusive xingando em público --como Fernando Collor e José Sarney.
Chega a ser comovente o esforço de Lula para se aproximar dos manifestantes que foram às ruas. Ele prega a renovação dos partidos, inclusive do PT. A proposta é curiosa.
Lula manda no PT. O que foi realizado para modernizar o petismo nos últimos dez anos? Nada, exceto distribuir cargos públicos a filiados.
"Enquanto a sociedade entrou na era digital, a política permaneceu analógica", escreve Lula. Já ele próprio entrou numa era de distanciamento. Até porque, se desejasse, poderia ter ido também à rua dialogar com os indignados durante o mês de junho. Mas o petista prefere escrever artigos para o "New York Times".
Hora de punir os maus gestores da saúde pública?
Sandra Franco*
http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2013/07/17/hora-de-punir-os-maus-gestores-da-saude-publica/
A União, os estados e os municípios possuem verbas destinadas à saúde e como tal devem aplicá-las, em seus percentuais mínimos, para o bom atendimento da população. No entanto, no Sistema Único de Saúde (SUS) vive uma realidade que destoa dasnecessidades do cidadão. Não raro é notícia a existência de hospitais e instituições de saúde sem a mínima condição de atendimento aos pacientes. Pacientes ficam meses na fila para realizar um exame simples (como um eletrocardiograma). Pacientes são encaminhados a especialistas, mas sem data para serem atendidos. E quando se firmam diagnósticos, faltam medicamentos para tratamento. De quem é a responsabilidade?
Os recursos existem, embora possam não ser suficientes para um atendimento de qualidade. Falta, porém, um elemento essencial em administração: a eficiente gestão do dinheiro.
Embora a Lei 8.429/92 apresente as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, não é isso que acontece na prática. Como mais uma tentativa de obrigar esses gestores a utilizarem adequadamente os recursos financeiros com a observância de seus deveres de “honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições”, o PLS 174/2011 foi aprovado recentemente pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
O projeto tem o objetivo de alterar a redação dos artigos 36 e 38 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para instituir regras na elaboração dos planos de saúde, bem como a responsabilização dos gestores em todos os níveis e de forma solidária pela oferta suficiente de ações e serviços de saúde do SUS. Vale registrar que o Decreto 7.508/11, posterior à apresentação desse projeto, prevê muito dos dispositivos descritos no texto agora aprovado, que depois de muitos anos tramitando no Congresso.
O artigo 38, em um de seus parágrafos, torna as obrigações descritas assumidas pelas partes no Contrato Organizativo de Ação Pública líquidas e certas e contém a eficácia de título executivo extrajudicial, o que é apontado como “novo”. Em tese, não seria mais necessária a Ação Civil Pública para a execução do Contrato. No entanto, fica a dúvida de como se chegará a responsabilizar o gestor diretamente, uma vez que tais contratos são firmados pelos entes públicos e não em nome dos gestores, quase sempre intocáveis.
O gestor estará obrigado a comprovar o cumprimento do artigo 198 da Constituição federal, que dispõe sobre a destinação dos recursos financeiros mínimos, cada nível em seu percentual, para as ações e serviços públicos de saúde. Se aprovada, a nova lei teria como elemento central a transparência, princípio essencial para aqueles que exercem funções públicas. Mas a Lei Complementar 141/2012, em seu artigo 31, parágrafo único, já explicita esse dever: “A transparência e a visibilidade serão asseguradas mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante o processo de elaboração e discussão do plano de saúde”.
O projeto, em um de seus parágrafos, reforça que são as metas do gestor ao elaborar o Plano de Saúde do Município, Estado e União: a“redução das desigualdades regionais; ampliação do acesso a ações e serviços com qualificação e humanização da atenção à saúde; redução dos riscos à saúde e agravos mais prevalentes; aprimoramento dos mecanismos de gestão, financiamento e controle social”.
Metas ambiciosas, ao se considerar, por exemplo, a falta de médicos constatada em vários Estados do país, os quais, por sua vez, apontam as más condições de trabalho no serviço público como um fator desestimulante para que trabalhem na rede pública. Aliás, ainda repercute a polêmica decisão do governo de importar médicos estrangeiros.
No projeto, a responsabilização do gestor de saúde aparece acompanhada da possibilidade de ser firmado Termo de Ajuste de Conduta Sanitária (TAC) pelo qual os entes do SUS assumem obrigações para a correção de problemas no sistema, desde que a impropriedade não se origine em desvio de verba pública. Em nada inova o texto, pois o TAC é instrumento já presente em nosso ordenamento.
É necessário que se diga que nem toda irregularidade configura ato de improbidade administrativa e deve ter o mesmo tratamento que aqueles atos que já nascem viciados pela desonestidade e má-fé do agente público, com o escopo claro de autofavorecimento e, em regra, enriquecimento de terceiros. Há gestores que desejam cumprir seus deveres e que ficam impedidos por outros interesses políticos de seus superiores.
O Brasil é uma democracia e todos têm responsabilidade no aperfeiçoamento da gestão dos serviços públicos. No entanto, é de se questionar se a edição de mais leis servirá ao propósito de se assegurar ao cidadão o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS. Será?
*Sandra Franco, consultora jurídica especializada em direito médico e da saúde, é presidente da Comissão de Direito da Saúde e Responsabilidade Médico-Hospitalar da OAB/SJC, além de presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde e vice-presidente na Associação Latino Americana de Direito Médico. – drasandra@sfranconsultoria.com.br
EIKE BATISTA - por Hélio Fernandes
Vejam que o jornalista Hélio Fernandes já vinha denunciando essa roubalheira desde 1956, portanto, desde o presidente Juscelino Kubstcheck de Oliveira, passando por todos os presidentes militares e os demais, de Sarney pra cá, continua até hoje, E NADA ACONTECE COM ESSES CARAS!!!
Hélio Fernandes:
Após longa ausência, certamente motivada pelo falecimento de dois filhos, ocorridos no ano passado, e do irmão, Millor Fernandes, ocorrido no mês passado, o decano dos jornalistas brasileiros, nonagenário,
finalmente volta a escrever e a nos brindar com suas análises,
sempre acuradas e calcadas em fatos incontestáveis.
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Por Hélio Fernandes - Publicado na Tribuna da Imprensa On Line
Eike Batista:
"Paguei meu imposto de renda com um cheque de 670 MILHÕES DE REAIS."
Deve ser verdade.
Mas de onde vem essa fortuna, que segundo ele, é a maior do Brasil? Do pai, o melhor do Brasil?
Ninguém duvida, as dúvidas estão todas na sua vida, ou melhor, na vida do pai, que montou sua herança, antes mesmo dele nascer.
Ninguém tem uma trilha (que gerou o trilhão) de irregularidades tão grande quanto Eliezer Batista.
E em toda a minha vida profissional, nunca escrevi tanto e tão vastamente sobre irregularidades,
prejuízo ao Brasil, ENRIQUECIMENTO COLOSSAL, quanto sobre Eliezer.
E logicamente nem uma vez de forma POSITIVA, sempre naturalmente NEGATIVA.
A partir do "Diário de Notícias" (1956/1962) e depois já na "Tribuna da Imprensa", Eliezer era personagem quase diário.
O roubo das jazidas de manganês do Amapá, assunto exclusivo deste repórter, ninguém participava,
Eliezer era tão GENEROSO com os jornalões, como foi depois com o filho.
O Brasil era o maior produtor de manganês do mundo.
Como era de outros minérios, todos controlados por ele, presidente eterno da Vale.
Eliezer devastou o Amapá, entregou todo o manganês aos americanos,a "preços de banana"
(royalties para o presidente dos EUA, Theodore Roosevelt, que inventou essa expressão para identificar os países debaixo do Rio Grande. Isso em 1902).
No Porto de Nova Iorque, os navios que vinham do Brasil com manganês, atracavam lá longe para não provocar comentários.
E este repórter dava o número dos navios, os nomes, o total da carga, o miserável preço da venda,
EMPOBRECENDO o Brasil, ENRIQUECENDO os "compradores" e o grande VENDEDOR (sem aspas) Eliezer.
Está tudo no arquivo da "Tribuna", fechada por necessidade de silenciar o jornal que contava tudo.
Os jornalões, servos, submissos e subservientes, exaltavam as vendas destruidoras, elogiavam o PROGRESSO DO AMAPÁ, por ordem de ELIEZER e da VALE.
Diziam: "O Amapá abre estradas, constrói escolas e hospitais, os pobres estão muito mais atendidos e alimentados".
Mistificavam a opinião pública, queriam convencer a todos, que EXPLORAR AS RIQUEZAS do então Território, deixando os milhares de pobres habitantes sem comer, sem morar, sem hospital e escola.
Tudo transitório, enquanto ESBURACAVAM todas as terras, EXTRAÍAM o manganês e DOAVAM tudo aos trustes. (Como se chamavam, na época).
Gostaria de reproduzir tudo isso, a corrupção praticada pelo pai, beneficiando e enriquecendo ele mesmoe acumulando para o filho bem-aventurado.
(Mas como o jornal está fechado, tenho que ESQUECER essas matérias de 40 e 50 anos, mas a-t-u-a-l-i-z-a-d-í-s-s-i-m-a-s.
Quem nasce Batista se reproduz na riqueza de outro Batista. Só o manganês não se reproduz, dá apenas uma safra).
Mas como Eliezer foi sempre muito PREVIDENTE, controlou todos os minérios, que deixou para o filho, de "papel passado", ou então em indicações DEBAIXO DA TERRA.
Mas com os mapas atualizados e do conhecimento APENAS DO FILHO, A MAIOR FORTUNA DO BRASIL, ANTES MESMO DE NASCER.(O Brasil tem quase a totalidade da produção desses minérios, como tinha do manganês, raríssimos.
E como tem do NIÓBIO, ainda mais raro e IMPRESCINDÍVEL, 98 por cento de tudo o que existe no mundo).
Alternando de pai para filho, afinal onde termina Eliezer e começa o Eike?
O pai já completamente identificado, mesmo com presidente, "DONO" da Vale, embora já carregasse como propriedade pessoal a ICOMI, fundada para concorrer com a própria Vale.
Utilizando a ESTATAL para produzir lucros PARTICULARES.
***
PS - O filho Eike nasceu rico e poderoso.
Se descuidou, foi preso em casa pela Polícia Federal.
Seguiu a receita de Daniel Dantas,
"só tenho medo da Polícia, lá em cima, eu resolvo", resolveu.
Ninguém sabe onde está a conclusão do ato de prisão.
PS2 - Para o HOMEM MAIS RICO DO BRASIL SER PRESO, é necessário que a acusação esteja fundamentada. ESTAVA.
Mas as providências, LÁ DE CIMA, também ESTAVAM.
PS3 - Eike "funda" empresas que provocam notícias e permitem a concessão de favores. Nem é pelo lucro, e sim para exibição.
PS4 - Fora a herança "que meu pai me deixou", abriu ou comprou restaurantes, hotéis, espalhou, através dos amestrados, "estou DESPOLUINDO a Lagoa Rodrigo de Freitas".
Continua a mesma, ninguém conhece a Lagoa como este repórter.
Mas as pessoas acreditam na DESPOLUIÇÃO. Ha!Ha!Ha! Não riam, é a tragédia da corrupção.
PS5 - É preciso que alguém obrigue Eike Batista a explicar como se tornou O HOMEM MAIS RICO DO BRASIL.
Acho que quem pode fazer isso é a RECEITA FEDERAL.
Isto é Brasil!_
Hélio Fernandes:
Após longa ausência, certamente motivada pelo falecimento de dois filhos, ocorridos no ano passado, e do irmão, Millor Fernandes, ocorrido no mês passado, o decano dos jornalistas brasileiros, nonagenário,
finalmente volta a escrever e a nos brindar com suas análises,
sempre acuradas e calcadas em fatos incontestáveis.
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Por Hélio Fernandes - Publicado na Tribuna da Imprensa On Line
Eike Batista:
"Paguei meu imposto de renda com um cheque de 670 MILHÕES DE REAIS."
Deve ser verdade.
Mas de onde vem essa fortuna, que segundo ele, é a maior do Brasil? Do pai, o melhor do Brasil?
Ninguém duvida, as dúvidas estão todas na sua vida, ou melhor, na vida do pai, que montou sua herança, antes mesmo dele nascer.
Ninguém tem uma trilha (que gerou o trilhão) de irregularidades tão grande quanto Eliezer Batista.
E em toda a minha vida profissional, nunca escrevi tanto e tão vastamente sobre irregularidades,
prejuízo ao Brasil, ENRIQUECIMENTO COLOSSAL, quanto sobre Eliezer.
E logicamente nem uma vez de forma POSITIVA, sempre naturalmente NEGATIVA.
A partir do "Diário de Notícias" (1956/1962) e depois já na "Tribuna da Imprensa", Eliezer era personagem quase diário.
O roubo das jazidas de manganês do Amapá, assunto exclusivo deste repórter, ninguém participava,
Eliezer era tão GENEROSO com os jornalões, como foi depois com o filho.
O Brasil era o maior produtor de manganês do mundo.
Como era de outros minérios, todos controlados por ele, presidente eterno da Vale.
Eliezer devastou o Amapá, entregou todo o manganês aos americanos,a "preços de banana"
(royalties para o presidente dos EUA, Theodore Roosevelt, que inventou essa expressão para identificar os países debaixo do Rio Grande. Isso em 1902).
No Porto de Nova Iorque, os navios que vinham do Brasil com manganês, atracavam lá longe para não provocar comentários.
E este repórter dava o número dos navios, os nomes, o total da carga, o miserável preço da venda,
EMPOBRECENDO o Brasil, ENRIQUECENDO os "compradores" e o grande VENDEDOR (sem aspas) Eliezer.
Está tudo no arquivo da "Tribuna", fechada por necessidade de silenciar o jornal que contava tudo.
Os jornalões, servos, submissos e subservientes, exaltavam as vendas destruidoras, elogiavam o PROGRESSO DO AMAPÁ, por ordem de ELIEZER e da VALE.
Diziam: "O Amapá abre estradas, constrói escolas e hospitais, os pobres estão muito mais atendidos e alimentados".
Mistificavam a opinião pública, queriam convencer a todos, que EXPLORAR AS RIQUEZAS do então Território, deixando os milhares de pobres habitantes sem comer, sem morar, sem hospital e escola.
Tudo transitório, enquanto ESBURACAVAM todas as terras, EXTRAÍAM o manganês e DOAVAM tudo aos trustes. (Como se chamavam, na época).
Gostaria de reproduzir tudo isso, a corrupção praticada pelo pai, beneficiando e enriquecendo ele mesmoe acumulando para o filho bem-aventurado.
(Mas como o jornal está fechado, tenho que ESQUECER essas matérias de 40 e 50 anos, mas a-t-u-a-l-i-z-a-d-í-s-s-i-m-a-s.
Quem nasce Batista se reproduz na riqueza de outro Batista. Só o manganês não se reproduz, dá apenas uma safra).
Mas como Eliezer foi sempre muito PREVIDENTE, controlou todos os minérios, que deixou para o filho, de "papel passado", ou então em indicações DEBAIXO DA TERRA.
Mas com os mapas atualizados e do conhecimento APENAS DO FILHO, A MAIOR FORTUNA DO BRASIL, ANTES MESMO DE NASCER.(O Brasil tem quase a totalidade da produção desses minérios, como tinha do manganês, raríssimos.
E como tem do NIÓBIO, ainda mais raro e IMPRESCINDÍVEL, 98 por cento de tudo o que existe no mundo).
Alternando de pai para filho, afinal onde termina Eliezer e começa o Eike?
O pai já completamente identificado, mesmo com presidente, "DONO" da Vale, embora já carregasse como propriedade pessoal a ICOMI, fundada para concorrer com a própria Vale.
Utilizando a ESTATAL para produzir lucros PARTICULARES.
***
PS - O filho Eike nasceu rico e poderoso.
Se descuidou, foi preso em casa pela Polícia Federal.
Seguiu a receita de Daniel Dantas,
"só tenho medo da Polícia, lá em cima, eu resolvo", resolveu.
Ninguém sabe onde está a conclusão do ato de prisão.
PS2 - Para o HOMEM MAIS RICO DO BRASIL SER PRESO, é necessário que a acusação esteja fundamentada. ESTAVA.
Mas as providências, LÁ DE CIMA, também ESTAVAM.
PS3 - Eike "funda" empresas que provocam notícias e permitem a concessão de favores. Nem é pelo lucro, e sim para exibição.
PS4 - Fora a herança "que meu pai me deixou", abriu ou comprou restaurantes, hotéis, espalhou, através dos amestrados, "estou DESPOLUINDO a Lagoa Rodrigo de Freitas".
Continua a mesma, ninguém conhece a Lagoa como este repórter.
Mas as pessoas acreditam na DESPOLUIÇÃO. Ha!Ha!Ha! Não riam, é a tragédia da corrupção.
PS5 - É preciso que alguém obrigue Eike Batista a explicar como se tornou O HOMEM MAIS RICO DO BRASIL.
Acho que quem pode fazer isso é a RECEITA FEDERAL.
Isto é Brasil!_
Falta de médicos ou de condições?

Se você continua achando que o problema é apenas falta de médico, nas comunidades do interior, ou que os médicos querem ser burgueses do asfalto e não querem ir para o interior, eu lhe pergunto.........você aceitaria trabalhar nas condições da foto em anexo, depois de fazer o seu juramento profissional de salvar vidas. Creio que não ............muitas pessoas não aceitariam fazer parte disso independente de que salário lhes pagassem.
Não caia nessa conversa .....o problema não parece tão simples quanto estão colocando .............. conheço pessoas que mandaram os filhos estudar medicina em Cuba há cinco anos atrás, já pensando nesse momento da volta para o Brasil hoje. Já contavam com essa bandeira da falta de médicos, por parte de alguns grupos políticos.
Pense bem. Que melhor exército para tentar "formar" uma nova corrente de pensamento nas cidades do interior, do que o médico, o doutor que cuida da saúde de comunidade, e pode falar em particular, formando opinião na comunidade.
Não vejo problema na origem profissional de um homem ou mulher que segue o caminho da política partidária. Existem bons e maus médicos, assim como existem bons e maus políticos. Faça uma pesquisa e verifique quantos profissionais de medicina existem na carreira política ........ você vai se surpreender .......... como diz um grande amigo meu, o problema não é a ferramenta ...... é o uso que o operário faz da ferramenta que a torna uma arma ou não .......... para o bem ou para o mal.
Os jatinhos "particulares"
Amigo meu que serve no GTE, voa todo final de semana, não tem lazer aos domingos e ainda diz que eles não estão nem aí, tratam a tripulação como se fossem empregados ou melhor escravos!
No mais, tudo certo aqui na Capital!
A FAB muitas vezes tem que deixar de atender missões prioritárias de abastecimento de esquadrões ou apoio a áreas carentes porque os seus aviões e por conseqüencia as verbas estão aplicadas no fornecimento de mordomia para políticos.
O engraçado é que esses vôos do CAN (correio aéreo nacional) poderia levar qualquer cidadão desde que houvesse vaga na aeronave, mas a "nobreza" do PT e do PMDB não quer companhia e impede tais embarques tornando ainda mais fútil a viagem e ainda maior o desperdício.
..................
http://www.aereo.jor.br/2011/07/13/voce-quer-uma-carona-em-algum-aviao-da-fab/
http://noticias.terra.com.br/brasil/qualquer-pessoa-pode-se-inscrever-para-voar-pela-fab-saiba-como,c3f8b4eff70bf310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
Data: 17 de julho de 2013 20:55
Assunto: IDELI SALVATTI e os AVIÕES DA FAB
Achei! Email de um militar da FAB, de Florianópolis para o Pretinho Básico (Programa da rádio Atlântida FM) sobre a farra aérea brasileira, no dia 08/07/2013 às 18 hs. (Começa às 45:56 min). Por motivos óbvios o nome do militar foi omitido. "Estou acompanhando as notícias e os escândalos acerca do uso de aeronave da FAB para interesse particular de nossas autoridades. Pois bem, algumas coisas acontecem dentro dos órgãos militares e a imprensa não faz a menor idéia devido ao bloqueio das informações. Estes vôos feitos pelo nosso "querido" Renan Calheiros não representa nem a ponta do iceberg do que acontece. Gostaria que a população soubesse que existe em Brasília um esquadrão chamado GTE (Grupo de Transporte Especial), pois este esquadrão serve única e exclusivamente para o transporte de autoridades. Ele é composto por aeronaves de 1ª linha, todas com seu interior modificado, transformadas em VIP; ou seja, um avião que poderia levar 40 pessoas perde sua capacidade para poder levar 10 ou no máximo 15 pessoas. Estes aviões voam normalmente com 3 ou 4 passageiros apenas.
Em Florianópolis todas, eu disse TODAS as sexta-feiras a nossa Ministra IDELI SALVATTI¹³ vem de Brasília para cá e volta no domingo à tarde utilizando uma dessas aeronaves. O pior é notar que normalmente ela chega sozinha ou no máximo com 2 ou 3 assessores, e, digo mais, seus vôos sempre saem de Brasília depois das 18:00 hs de sexta-feira. Se ela está a trabalho, por que só sai de lá depois do horário do expediente? Mas, meus amigos, a imprensa nunca vai conseguir cobrir um desembarque destes, pois tudo ocorre dentro dos pátios da Base Aérea e infelizmente eu e meus irmãos de farda assistimos o dinheiro do povo ser rasgado e queimado nas turbinas de um belo avião a jato.
Certa vez tive que viajar mais de 1000 km para fazer um curso pela FAB. Eu paguei minha passagem aérea e ao ser ressarcido recebi o valor referente a passagem de ônibus, pois minha patente não me dá o direito a transporte de avião. Acho que minha farda deveria ser de bolinhas coloridas com nariz bem vermelhinho, pelo menos assim eu me sentiria mais confortável cumprindo meu dever pela Pátria Amada."
Não nos esqueçamos dos outros : 39 ministérios e secretarias com status de, senadores, deputados, periguetes do Lula e de outras "autoridades" e , nós , os otários , pagando tributos exorbitantes para dar boa vida a essa cambada de vagabundos.
No mais, tudo certo aqui na Capital!
A FAB muitas vezes tem que deixar de atender missões prioritárias de abastecimento de esquadrões ou apoio a áreas carentes porque os seus aviões e por conseqüencia as verbas estão aplicadas no fornecimento de mordomia para políticos.
O engraçado é que esses vôos do CAN (correio aéreo nacional) poderia levar qualquer cidadão desde que houvesse vaga na aeronave, mas a "nobreza" do PT e do PMDB não quer companhia e impede tais embarques tornando ainda mais fútil a viagem e ainda maior o desperdício.
..................
http://www.aereo.jor.br/2011/07/13/voce-quer-uma-carona-em-algum-aviao-da-fab/
http://noticias.terra.com.br/brasil/qualquer-pessoa-pode-se-inscrever-para-voar-pela-fab-saiba-como,c3f8b4eff70bf310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
Data: 17 de julho de 2013 20:55
Assunto: IDELI SALVATTI e os AVIÕES DA FAB
Achei! Email de um militar da FAB, de Florianópolis para o Pretinho Básico (Programa da rádio Atlântida FM) sobre a farra aérea brasileira, no dia 08/07/2013 às 18 hs. (Começa às 45:56 min). Por motivos óbvios o nome do militar foi omitido. "Estou acompanhando as notícias e os escândalos acerca do uso de aeronave da FAB para interesse particular de nossas autoridades. Pois bem, algumas coisas acontecem dentro dos órgãos militares e a imprensa não faz a menor idéia devido ao bloqueio das informações. Estes vôos feitos pelo nosso "querido" Renan Calheiros não representa nem a ponta do iceberg do que acontece. Gostaria que a população soubesse que existe em Brasília um esquadrão chamado GTE (Grupo de Transporte Especial), pois este esquadrão serve única e exclusivamente para o transporte de autoridades. Ele é composto por aeronaves de 1ª linha, todas com seu interior modificado, transformadas em VIP; ou seja, um avião que poderia levar 40 pessoas perde sua capacidade para poder levar 10 ou no máximo 15 pessoas. Estes aviões voam normalmente com 3 ou 4 passageiros apenas.
Em Florianópolis todas, eu disse TODAS as sexta-feiras a nossa Ministra IDELI SALVATTI¹³ vem de Brasília para cá e volta no domingo à tarde utilizando uma dessas aeronaves. O pior é notar que normalmente ela chega sozinha ou no máximo com 2 ou 3 assessores, e, digo mais, seus vôos sempre saem de Brasília depois das 18:00 hs de sexta-feira. Se ela está a trabalho, por que só sai de lá depois do horário do expediente? Mas, meus amigos, a imprensa nunca vai conseguir cobrir um desembarque destes, pois tudo ocorre dentro dos pátios da Base Aérea e infelizmente eu e meus irmãos de farda assistimos o dinheiro do povo ser rasgado e queimado nas turbinas de um belo avião a jato.
Certa vez tive que viajar mais de 1000 km para fazer um curso pela FAB. Eu paguei minha passagem aérea e ao ser ressarcido recebi o valor referente a passagem de ônibus, pois minha patente não me dá o direito a transporte de avião. Acho que minha farda deveria ser de bolinhas coloridas com nariz bem vermelhinho, pelo menos assim eu me sentiria mais confortável cumprindo meu dever pela Pátria Amada."
Não nos esqueçamos dos outros : 39 ministérios e secretarias com status de, senadores, deputados, periguetes do Lula e de outras "autoridades" e , nós , os otários , pagando tributos exorbitantes para dar boa vida a essa cambada de vagabundos.
Depoimento do médico Carlos França sobre a realidade do SUS no Rio de Janeiro
Mário Assis
Faz sucesso na internet esse depoimento corajoso do médico Carlos França, endereçado ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e á presidente Dilma Rousseff. O médico trabalha num posto médico em Itaipuaçu, no Município de Maricá, uma importante área de turismo no litoral do Rio de Janeiro.
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A VERDADE NUA E CRUA
Carlos França
Sr. Padilha e Sra. Dilma, esta é a minha unidade de saúde UBS Itaipuaçu – Maricá-RJ, há 6 anos governada pelo seu partido. É uma casa adaptada com infiltrações e mofo. Quando chove, cai água nas salas de atendimento, o arquivo médico inunda e os prontuários….Falta de tudo, luvas, remédios básicos, mas sobra dedicação para um salário bruto de R$ 1.200,00.
Sabe Padilha/Dilma, não falta médico que queira fazer saúde pública, isto é mais uma das mentiras de sua ditadura da informação, onde o governo se apoia na premissa “UMA MENTIRA REPETIDA MIL VEZES TORNA-SE VERDADE”. A minha sala de atendimento não possui ventilador, o de teto é apenas enfeite.
O verão de regiões litorâneas beira os 42 graus, a água potável é disponibilizada à temperatura ambiente (Itaipuaçu do seu governo não possui rede de água e esgoto). Já prescrevi as medicações em qq tipo de papel por falta de receituário oficial. Apesar de tudo trabalho e me esforço bastante.
Em Maricá a saúde foi devastada pelo atual governo, o aparelho de RX está quebrado há 1 ano. O ecocardiograma e ultra-som foram roubados (SIC Gestor Público), ECG funciona 1 mês e fica 3-4 meses em manutenção. Há 8 meses temos a debandada de especialistas, devido ao salário irrisório sem benefícios legais (férias, décimoterceiro salário, horas extras, insalubridade etc). Perdemos endócrino, cárdio, reumato, oftalmo, neuro, nefro, pneumo, ortopedista etc.
Então, Padilha/Dilma, a saúde pública que os Srs. querem oferecer à população mais humilde é esta? As suas mentiras não vão conseguir se sustentar por tanto tempo… “Não faltam médicos! Falta governo!”
Sou médico do SUS, não fujo a luta… Mas não faço milagres sem infra-estrutura.
"Quem precisa de um livre pensador?"
Com o poder que atualmente a imprensa e as igrejas feudais e financeiristas evangélias tem vvale a pena pensar no assunto:
José Maurício Guimarães
Eis a questão, meus amigos: "Quem precisa de um livre pensador?" A resposta é simples:
- Ninguém precisa de um livre pensador.
Vou demonstrar a inutilidade dos livres pensadores e os males em tê-los por perto.
Começo pelo faraó Akhenaton, jovem príncipe do Egito que, no diálogo místico com o Sol (Atom), descobriu lhe a natureza de deus único. Pôs-se alivrepensar, demonstrou que os deuses com cabeça de crocodilo eram uma tremenda asneira; criou um culto novo, fundou uma cidade (Akhetaton) e deu aviso prévio para os sacerdotes puxa-sacos (os Kheri-Hebs). Resultado: da noite para o dia Akhetaton desapareceu como que por encanto. O culto a Aton foi proibido e o nome do príncipe livrepensante foi lixado das paredes, da cidade. De Amarna não restou pedra sobre pedra e tudo voltou ao normal no bom e velho Egito - o melhor dos antigos reinos deste que é o melhor dos mundos possíveis.
Se vocês querem um mundo tranquilo, livrem-se dos livres pensadores pois, na melhor das hipóteses, esses incômodos livrepensantes vão colocar em risco a teta onde vocês estão mamando.
- Zoroastro, profeta persa do século VII a.C., também livrepensou: propôs que o homem encontrasse o seu lugar no planeta de forma harmoniosa, praticando a justiça, a retidão, a cooperação, a verdade e a bondade, além de falar a verdade e cumprir com o prometido. Condenava a gula, o orgulho, a indolência, a cobiça, a ira, a luxúria, o adultério, o aborto, a calúnia e a dissipação. Foi assassinado, aos 77 anos de idade, por um de seus discípulos, enquanto meditava no templo.
- Sócrates livrepensou e foi condenado a beber cicuta (Conium maculatum), acusado de ateísmo e de corromper os jovens gregos.
- Como só os urubus e os abutres têm juízo, voam em bando. As águias voam solitárias e acabam batendo de frente com alguém. Os quatro Santos Coroados (Quatuor Coronati) Carpófaro, Severiano, Severo e Vitorino, recusaram-se a esculpir uma estátua ao deus Esculápio, por ordem de Diocleciano I (284 a 305 d.C.), e foram condenados e açoitados com cordas providas de pontas de chumbo. Desfalecidos, e foram encerrados em barris com ferros pontiagudos e lançados num rio. Quando foram descobertos os corpos, eles traziam coroas nas cabeças cravadas a marteladas através de um longo punhal que lhes perfurava o crânio numa extensão vertical de 15 centímetros.
- Os sábios de Alexandria livrepensaram, criaram a maior biblioteca do mundo e foram massacrados pelos devotos de São Cirilo, Patriarca de Alexandria, que mandou prender a livrepensante Hipatia, mestra da escola platônica e professora de filosofia e astronomia na biblioteca. Hipatia foi capturada por bons e santos cidadãos que a arrastaram pelas ruas da cidade até uma igreja onde foi cruelmente torturada até a morte. Depois de morta, o corpo foi cuidadosa e piedosamente descarnado com cacos de telha; os restos foram lançados aos cães e os ossos queimados numa fogueira ao som de cânticos e incenso.
- Jan Huss (1369-1415) livrepensou uma reforma religiosa. Foi excomungado em 1410, condenado pelo Concílio de Constança e queimado vivo.
- Giordano Bruno (1548-1600) era frade dominicano, filósofo, teólogo professor e escritor. Resolveu livrepensar e foi condenado à fogueira. Mas antes disso, arrancaram-lhe a língua com uma tenaz, pois mesmo na prisão das masmorras, ele continuava tenazmente falando sobre suas ideias malignas: a tese de que o universo é infinito e povoado por uma infinidade de estrelas e por outros planetas.
- Mas Galileu Galilei, que também livrepensava o modelo heliocêntrico (o Sol como centro do sistema), no momento extremo, quando condenado pelo Santo Ofício, conseguiu ter comutada a pena abjurando suas ideias. Preferiu um bom prato de macarronada com queixo de Parma e o bom vinho da Toscana a passar o resto da vida na prisão ou morrendo como churrasco nas brasas da Inquisição. Galileu Galilei deslivrepensou, isto é: teve juízo e deixou tudo como estava: o Sol girando em torno da Terra e os puxa-sacos girando em torno dos poderosos.
- Thomas Morus (que se tornou santo católico) era um louco da natureza livrepensante. Quando Henrique VIII decidiu separar-se da esposa, seu pedido de divórcio não foi atendido pela Igreja. Henrique procurou uma saída: sabendo que Thomas Morus era profundo conhecedor de Teologia e Direito Canônico, nomeou-o chanceler do reino, na expectativa de que ele advogasse junto ao Papa a pretendida separação e um novo casamento. (Diga-se de passagem, e que sirva de instrução para os donos do poder: uma das formas de silenciar uma pessoa que pensa, é dar-lhe um emprego ou cargo.) Morus continuo livrepensando e bateu o pé. Renunciou ao cargo de Lord Chanceler e caiu em desgraça. Foi preso e condenado à morte por decapitação em Tower Hill. Sua cabeça ficou exposta na ponte de Londres durante um mês.
- Aprendam com Galileu, fiquem famosos mediante a subserviência e não pelo livre pensar.
Mais médicos para curar o governo
» DIOCLÉCIO CAMPOS JÚNIOR
Médico, professor emérito da UnB, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, representante da SBP no Global Pediatric Education Consortium (dicamposjr@gmail.com)
» EDUARDO DA SILVA VAZ
Médico, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria
Publicação: 13/07/2013
http://www.sbp.com.br/show_item.cfm?id_categoria=52&id_detalhe=4442&tipo_detalhe=s
O governo está sem rumo. Tenta iludir, não consegue. Recorre à propaganda promocional com dinheiro público. Perde, porém, o prestígio que acreditava intocável. Apostou na ingenuidade do povo brasileiro. Investiu no espetáculo, no circo, distribuiu pão. Acreditou na magia de inúmeros coliseus erguidos para fascinar supostos rebanhos. Não reverteu a explosão da consciência nacional. Ficou claro que a sociedade não se deixa levar por engodos que apostam na oligofrenia de sua gente.
O chamado núcleo duro, leia-se cúpula que comanda, ignora o sentimento dos brasileiros. Persiste no desrespeito ao cidadão. Fecha os ouvidos à voz do povo. Desdenha clamores por direitos renegados. Com arrogância ditatorial, simula estar falando em nome do pensamento coletivo. São estratégias de reeleição, único objetivo que quer alcançar a qualquer custo.
As ações anunciadas insultam os valores da cidadania. Prova maior é o programa Mais médicos. Além de basear-se em argumentos improcedentes, viola direitos fundamentais. A interiorização de médicos é indissociável da interiorização de condições para o exercício da medicina. Do contrário, frustram-se expectativas de quem vive nos bolsões de miséria ou na pobreza batizada de classe média. Mandar somente médicos, e despreparados, para rincões humilhantes que mancham a bandeira nacional é atitude de quem está enganado ou querendo enganar.
O que o povo reivindica é “saúde padrão Fifa”. Não basta enviar jogadores e técnicos para disputarem as partidas da Copa. É preciso construir estádios de qualidade, setor hoteleiro digno, transporte coletivo decente, e qualificar recursos humanos para atendimento que o público merece. Iguais requisitos devem ser também incluídos em projetos formulados para a saúde. A população consciente não se ilude com medidas paliativas. Exige qualidade. Requer construção de unidades de saúde modernas, bem equipadas e de fácil acesso a todos, como os estádios. Quer mobilidade aérea para portadores de doenças graves a fim de que sejam tratados nos mesmos centros de que se servem os governantes. De nada vale contratar médicos mal formados ou ainda em formação para encenar atendimento aos carentes. Puro descaso.
A maior parte das doenças dos pobres é produzida pelas condições de pobreza em que nascem, crescem e sofrem. Uma forma de tortura social a que são submetidos sem cessar. A presidente da República bem o sabe. Entende de tortura. Médico não é profissional para tratar de torturados a fim de que sigam sobrevivendo na mesma masmorra. A ação que realmente resolve tal ignomínia é o fim da tortura. Chega de manter brasileiros na masmorra social. Libertação humana verdadeira não é humanização do SUS, entendida pelos gestores como “cubanização” da medicina.
Moradia decente, água potável, rede de esgotos, higiene ambiental, segurança, nutrição saudável, escola de alto nível são as exigências de que a “Fifa da saúde nas ruas” não vai mais abrir mão para realizar a Copa da reeleição em 2014. Médico não faz tratamento da água, não constrói casas, não entende de esgoto, não mata mosquito, não asfalta ruas, não higieniza ambiente. O máximo que sabe fazer é tratar das vítimas da tortura social, o que é eticamente discutível.
Por tudo isso, o Congresso Nacional há de exercer seu papel. Não pode ser cúmplice de mistificação reeleitoreira, de cunho ditatorial. O governo não ouve opiniões nem sugestões de quem entende de assistência médica qualificada. Não respeita a autonomia das universidades. Não valoriza a residência médica, mecanismo de capacitação profissional criado no Brasil desde a década de 1960, representando o pouco que ainda resta de perspectiva concreta para a adequada capacitação do desempenho médico no país. Não respeita o direito dos cidadãos aos mesmos recursos de saúde que privilegiam os ocupantes do poder.
Medicina não é sacerdócio. É profissão, a despeito de ainda não legalmente regulamentada no país. O governo não a aceita como carreira de Estado, modelo de países desenvolvidos. Insiste em banalizá-la, obrigando agora o estudante a atuar como médico no âmbito das masmorras sociais. Não é assim que se forma profissional qualificado. Não é assim que se promove a saúde das pessoas carentes de tudo.
O ministro da Educação diz que a medida visa humanizar a medicina. Aborda assunto que escapa à sua competência. O ministro da Saúde afirma que há médicos em lugar errado. Certamente fala de si mesmo. A doença que acomete o governo é grave. Mitomania. Mais médicos não vão curá-la.
Desabafo de uma médica na selva amazônica
É raro ver mulheres assumirem missões em pé de igualdade com homens nas forças armadas, só por isso já valeria a pena ler o desabafo abaixo.
Impressionante é ver mais uma vez o governo pseudo comunista armando um plano fantasioso de importação de guerrilheiros cubanos para as fronteiras usando a questão da saúde como escudo.
A mais de 90 anos o exército tem o CPOR que forma oficiais que são designados para prestar atendimento a população em qualquer parte do país, o governo de dona Dilma, por puro requalque preteriu o aumento de vagas no CPOR por um serviço civil obrigatório ilegal e desestruturado, enquanto tenta lançar a opinião pública contra os médicos e viabilizar a importação de seus companeros de revolucion.
1º Ten Méd Juliana Getirana, 10 de julho
https://www.facebook.com/juliana.getirana
Durante vinte anos eu sonhei em ser médica do Exército e atuar na Selva Amazônia. Adiei minha residência, tamanha era a ansiedade de servir à Pátria.
Eu fui onde muitos não foram e vi o que muitos insistem em não ver. Eu fui tratada como rainha pelos amazonenses ribeirinhos. Repartiram comigo a pouca comida que tinham. Chorei de desespero, chorei como nunca na minha vida, ao final de um dia inteiro em uma ACISO (Ação Cívico-Social). Mais de doze horas insanas, sem parar, para atender as literalmente centenas de pessoas na porta da escola querendo ajuda. E eu era a única médica, munida apenas de caneta, papel e esteto. Chorei de ódio de todas as secretarias de saúde que conheci, nas cidades que passei. Fui proibida de trabalhar numa cidade porque exigi a evacuação de um paciente em UTI aeromóvel da prefeitura. Gastar todo esse dinheiro com uma pessoa só? Jamais. Hospital sem EAS, EPF, USG... sem nada!
Estou cansada desses pseudo-brasileiros que criticam a classe médica e acham que ajudar é dar esmola no sinal.
Estou cansada de ser chamada de mercenária. Estou cansada.
Morava num Bairro nobre no litoral do Rio de Janeiro e larguei tudo por um SONHO. Quero ver esses hipócritas burgueses, falsos moralistas morarem numa cidade onde só se chega de barco ou avião! Quero ver trabalhar de graça, por saber que o dinheiro que você ía receber era fruto de corrupção! Quero ver!
Infelizmente, tive que voltar da selva. Mas acho que isso foi até bom, farei minha residência e estudarei muito. Mas uma coisa eu afirmo, como eu afirmei há 20 anos atrás, quando eu disse que seria Oficial de carreira na Selva Amazônica: assim que eu terminar minha residência, eu volto pra minha Selva, pras minhas crianças, pras minhas viagens de barco que levam esperança.
E deixo aqui, todos esses pseudo-brasileiros, nesse caos, nessa mentira, nesse consumismo desenfreado. Nessa desgraça disfarçada de álcool, boates, futebol e samba.
Desejarei força para os meus colegas de profissão que por aqui ficam. E com certeza, terei a consciência limpa, que eu fiz jus ao meu juramento e não fui mais uma hipócrita.
A SELVA NOS UNE!
A AMAZÔNIA NOS PERTENCE!
TUDO PELA AMAZÔNIA!
SELVA!
Não critico a vida urbana, mas acho que tudo está muito errado.
Isto é vocação, altruísmo, decência, honradez,humanidade e autenticidade. O coração fala e nós nos comovemos e nos indignamos. Mais municípios? Para quê? Para sustentar mais vagabundos insensíveis ao sofrimento alheio? De que entendem esses crápulas senão de seus interesses mesquinhos? Sabem eles, têm eles udma mínima ideia do que é trabalhar por vocação, por ideal?
Chega. Criem condições para que vocações – quase sacerdócios – como a da ten. Juliana possam ter a alegria de ver seus esforços recompensados no exercício de uma profissão tão nobre.
Parabéns, ten. Juliana! Você tem infinitamente mais valor do que cada burocrata e cada inútil nessas secretarias.
Impressionante é ver mais uma vez o governo pseudo comunista armando um plano fantasioso de importação de guerrilheiros cubanos para as fronteiras usando a questão da saúde como escudo.
A mais de 90 anos o exército tem o CPOR que forma oficiais que são designados para prestar atendimento a população em qualquer parte do país, o governo de dona Dilma, por puro requalque preteriu o aumento de vagas no CPOR por um serviço civil obrigatório ilegal e desestruturado, enquanto tenta lançar a opinião pública contra os médicos e viabilizar a importação de seus companeros de revolucion.
1º Ten Méd Juliana Getirana, 10 de julho
https://www.facebook.com/juliana.getirana
Durante vinte anos eu sonhei em ser médica do Exército e atuar na Selva Amazônia. Adiei minha residência, tamanha era a ansiedade de servir à Pátria.
Eu fui onde muitos não foram e vi o que muitos insistem em não ver. Eu fui tratada como rainha pelos amazonenses ribeirinhos. Repartiram comigo a pouca comida que tinham. Chorei de desespero, chorei como nunca na minha vida, ao final de um dia inteiro em uma ACISO (Ação Cívico-Social). Mais de doze horas insanas, sem parar, para atender as literalmente centenas de pessoas na porta da escola querendo ajuda. E eu era a única médica, munida apenas de caneta, papel e esteto. Chorei de ódio de todas as secretarias de saúde que conheci, nas cidades que passei. Fui proibida de trabalhar numa cidade porque exigi a evacuação de um paciente em UTI aeromóvel da prefeitura. Gastar todo esse dinheiro com uma pessoa só? Jamais. Hospital sem EAS, EPF, USG... sem nada!
Estou cansada desses pseudo-brasileiros que criticam a classe médica e acham que ajudar é dar esmola no sinal.
Estou cansada de ser chamada de mercenária. Estou cansada.
Morava num Bairro nobre no litoral do Rio de Janeiro e larguei tudo por um SONHO. Quero ver esses hipócritas burgueses, falsos moralistas morarem numa cidade onde só se chega de barco ou avião! Quero ver trabalhar de graça, por saber que o dinheiro que você ía receber era fruto de corrupção! Quero ver!
Infelizmente, tive que voltar da selva. Mas acho que isso foi até bom, farei minha residência e estudarei muito. Mas uma coisa eu afirmo, como eu afirmei há 20 anos atrás, quando eu disse que seria Oficial de carreira na Selva Amazônica: assim que eu terminar minha residência, eu volto pra minha Selva, pras minhas crianças, pras minhas viagens de barco que levam esperança.
E deixo aqui, todos esses pseudo-brasileiros, nesse caos, nessa mentira, nesse consumismo desenfreado. Nessa desgraça disfarçada de álcool, boates, futebol e samba.
Desejarei força para os meus colegas de profissão que por aqui ficam. E com certeza, terei a consciência limpa, que eu fiz jus ao meu juramento e não fui mais uma hipócrita.
A SELVA NOS UNE!
A AMAZÔNIA NOS PERTENCE!
TUDO PELA AMAZÔNIA!
SELVA!
Não critico a vida urbana, mas acho que tudo está muito errado.
Isto é vocação, altruísmo, decência, honradez,humanidade e autenticidade. O coração fala e nós nos comovemos e nos indignamos. Mais municípios? Para quê? Para sustentar mais vagabundos insensíveis ao sofrimento alheio? De que entendem esses crápulas senão de seus interesses mesquinhos? Sabem eles, têm eles udma mínima ideia do que é trabalhar por vocação, por ideal?
Chega. Criem condições para que vocações – quase sacerdócios – como a da ten. Juliana possam ter a alegria de ver seus esforços recompensados no exercício de uma profissão tão nobre.
Parabéns, ten. Juliana! Você tem infinitamente mais valor do que cada burocrata e cada inútil nessas secretarias.
Espírito de porco quer dizer corpo
Os Juízes e suas benesses, porque não sai a reforma política.
15 de julho de 2013 | 2h 09
O Estado de S.Paulo
15 de julho de 2013 | 2h 09
O Estado de S.Paulo
Insensíveis à voz das ruas, que reivindicam mudanças nos usos e costumes da vida política e da administração pública, algumas corporações do funcionalismo público continuam empenhadas em obter privilégios eticamente insustentáveis. É o caso da magistratura. No mesmo dia em que o País experimentava mais uma manifestação de protestos, associações de juízes se mobilizavam para tentar impedir a aprovação, pelo Senado, do projeto de lei que revoga o direito à aposentadoria de juízes afastados compulsoriamente e estabelece regras mais severas para punir magistrados corruptos. "Não queremos manter juiz que comete crime na carreira, mas há colegas que cometem falhas, têm 40 anos de trabalho e não podem perder uma aposentadoria para a qual contribuíram a vida inteira", diz o desembargador Nelson Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros.
Pela legislação em vigor, o juiz que se envolver com corrupção é afastado compulsoriamente da carreira, mas tem o direito a receber aposentadoria com vencimentos proporcionais. Pelo projeto que tramita no Senado, o juiz é afastado sem qualquer remuneração. As associações de juízes alegam que o fim da aposentadoria compulsória vitalícia é uma tentativa do Legislativo de enfraquecer a categoria.
Por falta de quórum, o projeto acabou não sendo votado pelo Senado e será colocado na pauta das próximas semanas. Por coincidência, no mesmo dia em que a magistratura se mobilizou para tentar derrubar o projeto, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1.ª Região puniu quatro ex-presidentes da associação de juízes da Corte (Ajufe). Um recebeu pena de advertência. Dois receberam pena de censura. E um foi punido com a aposentadoria compulsória. Eles foram acusados pelo Ministério Público Federal de usar fraudulentamente o nome de 157 juízes para desviar mais de R$ 20 milhões da Fundação Habitacional do Exército (FHE) no período em que presidiram a Ajufe. A FHE é uma associação de poupança criada por militares e oferece empréstimos e financiamentos a servidores do Executivo e do Judiciário.
Entre 2000 e 2009, a Ajufe assinou 700 contratos de empréstimo com a FHE em nome de magistrados que não tinham conhecimento das operações. Entre os beneficiários há até associados fantasmas. Para dificultar o rastreamento do dinheiro recebido, os cheques emitidos pela Ajufe eram descontados na boca do caixa ou depositados em contas de construtoras, concessionárias e laranjas. Em 2010, a FHE descobriu a fraude e recorreu à Justiça para cobrar a dívida. Para pagá-la, em 2011 os dirigentes da entidade cometeram outro ato ilícito, vendendo um imóvel sem autorização da assembleia de juízes.
"Em 32 anos de magistratura nunca vi uma coisa tão séria", disse, na época, a então corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon. O procurador responsável pela denúncia, Juliano Villa-Verde, afirmou que a fraude da Ajufe atingiu "o sistema financeiro nacional ao promover captação de recursos da poupança popular sem o devido controle oficial". Temendo que o TRF da 1.ª Região tomasse medidas contemporizadoras, 20 magistrados enviaram um ofício à Corregedoria da Corte exigindo investigação "séria e célere".
Um dos ex-presidentes da Ajufe punidos com pena de censura, a juíza Solange Salgado, disse ao jornal Folha de S.Paulo que assinou contratos em confiança, reconheceu que houve liberação de dinheiro com contratos em branco, mas afirmou que foi enganada. "Na presidência da entidade, não tinha como saber os valores que foram liberados sem contrato", alegou. "Nunca disse que não tinha responsabilidade. Assumo e estou pagando. Mas o único culpado sou eu?", questiona o juiz Moacir Ferreira Ramos - o ex-presidente da Ajufe punido com aposentadoria compulsória.
Casos como esses mostram que, se realmente quiser votar uma agenda positiva como resposta à voz das ruas, o Senado tem de ignorar o lobby da magistratura e aprovar o projeto que permite que juízes corruptos percam o emprego e a pensão.
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