sexta-feira, 1 de julho de 2011

Exploração(?) e Produção

Aparentemente mais uma notícia aleatória, porém importante.

A nova plataforma irá extrair óleo pesado (marlim) para ser processado nas novas refinarias brasileiras (COMPERJ- Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e ReAL- Refinaria Abreu e Lima ou do Nordeste, RNEST).

É um passo importante, para quem não sabe as refinarias existentes foram construída com tecnologia importada para refinar óleo leve, e tiveram que ser adaptadas para absorver óleo pesado nacional, ainda misturado ao óleo leve.

Hoje ainda importamos óleo leve para misturar ao óleo nacional. Conseguir refinar isso gera uma situação bizarra, a PETROBRAS vende óleo pesado a baixo custo e compra óleo leve caro.

As novas refinarias vão refinar óleo 100% pesado, daí a necessidade de produzir mais.

Só espero que as pressões internacionais não interropam os programas de refino, pois daí apenas estaríamos vendendo mais  óleo barato.


P-56, um investimento de US$ 1,5 bilhão, deixa Angra dos Reis e vai para Bacia de Campos

Com capacidade para processar 100 mil barris de petróleo e comprimir 6 milhões de m³ de gás por dia, plataforma vai operar no campo de Marlim Sul

A plataforma P-56 deixou na quarta-feira (29/06) a Enseada do Bananal, na Baía da Ilha Grande, em Angra dos Reis, rumo à locação no Campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos (RJ). A previsão de chegada é a próxima terça-feira (05/07) e o início da produção está previsto para agosto. A P-56 é um investimento de aproximadamente US$ 1,5 bilhão e sua construção gerou 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no país. A unidade foi liberada para o campo após uma série de testes.
A P-56 foi batizada pela deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) no último dia 6, no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), em cerimônia com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff. Será a quinta plataforma na região de Marlim Sul. Do tipo semissubmersível, ficará ancorada em área com profundidade de 1.670 metros, interligada a 21 poços, dos quais 10 serão produtores de petróleo e 11 injetores de água. Idêntica à plataforma P-51, a nova unidade de produção integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é considerada um marco na indústria naval brasileira, uma vez que consolida a capacidade do país de construir plataformas desse porte em seu território.
A construção da P-56 alcançou o conteúdo nacional de 72,9% relativo ao topside (módulos integrados), e teve seu casco totalmente construído no Brasil, demonstrando o fortalecimento da indústria local a partir das encomendas da Petrobras.
O contrato de construção da plataforma foi assinado em outubro de 2007 entre a Petrobras e o FSTP, consórcio integrado pelas empresas Keppel FELS e Technip. Construída de forma modular, a P-56 é composta pelo deckbox (base do convés), casco e módulos.  A empresa Kepppel FELS construiu, no estaleiro BrasFELS, os quatro módulos de processos e de utilidades. Já os dois módulos de geração foram feitos pela Rolls Royce, em parceria com a UTC Engenharia, no canteiro desta empresa, em Niterói. A Nuovo Pignone (General Eletric) fez os dois módulos de compressão no canteiro Porto Novo Rio, no Rio de Janeiro (RJ).  O deckbox também foi construído no BrasFELS, onde foi feita a integração dos módulos.


O casco da nova plataforma é 100% brasileiro. Construído no estaleiro BrasFELS, resultou da união dos blocos de aço fabricados pelo estaleiro e pela Nuclep, em Itaguaí. A união do casco com o topside, processo chamado de deck mating, uma das atividades mais complexas, ocorreu sem qualquer imprevisto, em outubro de 2010.


Dados da P-56


Localização: Campo de Marlim Sul, a 120 km da costa;
Produção de petróleo: 100 mil barris de petróleo por dia;
Compressão de gás: 6 milhões de m3 por dia;
Geração elétrica: 100 MW;
Profundidade de ancoragem: 1.670 m;
Comprimento: 125 m, largura 110 m e altura 137m;
Acomodações: 200 pessoas;
Peso Total: 54.658 ton;
Poços produtores: 10;
Poços injetores:11;
Risers: 79;
Escoamento de petróleo: oleoduto p/ P-38 (aprox. 20 km);
Escoamento de gás natural: gasoduto p/ P-51 (aprox.15 km).

fonte, PETROBRAS.


Só para encerrar, a PETROBRAS pretende construir plataformas em série utilizando estaleiros no Brasil inteiro, mas principalmente os localizados nos portos do Rio de Janeiro e Angra dos Reis.
Estas construções demandarão enorme movimentação de matéria prima pesada, principalmente aço.
Com esse desafio logístico, fica cada vez mais claro a viabilidade dos Portos de Angra, Niterói e Rio.
A nossa produção de aço, para o pólo  naval do RJ, é escoada atrvés de caminhões em volume considerável, oque nem de longe é desejável.
Os modais adequados para cargas pesadas são o hidroviário e o ferroviário.
A excessão de CSA ( que não tem condições de operar com segurança), as siderúrgicas estão em Minas Gerais e no sul do Estado do Rio de Janeiro, descartando o uso de hidrovias.
As ferrovias de ligação através da serra do mar são:

1-FCA ramal de Angra á Barra Mansa
2-MRS logística, linha do minério (V.redonda-guedes costa-guaíba)
3-FCA,  linha auxiliar (Três Rios - Japerí - R.de janeiro)
4- FCA, linha do litoral (Ponte-nova - Campos - Rio de janeiro).
5- MRS linha auxiliar (V.redonda-Guedes Costa - Rio de Janeiro)

A CSA não possui ligação ferroviária direta com Angra, mas pode fazê-lo com o porto do Rio.

Para as demais siderúrgicas:

As linhas da MRS logística no trecho V.redonda -Guedes Costa(vulgo Km 64) estão saturadas com a exportação de minério, e devem ficar ainda mais saturadas pois com a forma que está sendo conduzido o projeto do TAV (trem-bala) RJ-SP, provavelmente se acrescentará trens de passageiros convencionais nas linhas da companhia para atender a demanda dos deslocamentos na Copa do Mundo e Olímpiadas.


TODAS as linhas da FCA listadas estão desativadas mas a linha para angra parece estar sendo reaberta Veja.
A rota para Campos deve ser reaberta senão pela FCA pela LLX, para atender o porto de açu que está sendo contruído no Norte do estado e ao COMPERJ em Itaboraí.

As linhas da FCA TEM QUE SER REATIVADAS! Se empresa não o fizer que o governo tome as linhas e o faça, ou repasse a quem faça.

A  oportunidade não pode ser perdida, não há mais a desculpa de falta de viabilidade econômica para estas ferrovias.
De nada adiantará novas plataformas de petróleo se não for deixado para o povo uma compensação como recuperação das ferrovias, ao invés de deixar estradas degradas e mortes no trânsito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que realmente mudou?

Documento especial de 1990, sobre o surfe ferroviário. Várias imagens sobre a miséria que é o subúrbio do rio fde janeiro, hoje são poucos os surfistas, mas o que mudou realmente?