segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A alternância de poder


REPASSANDO,
Sérgio Campregher




A alternância de poder é necessária para que a democracia seja bem sucedida. Caso contrário, prevalece a indiferença e os mesmos vícios do passado
Os manifestos de julho de 2013 foram ao longo destes últimos 13 meses diluídos na contra-manifestação. O manifesto contra o absolutismo reinante foi sendo destituído aos poucos e não intimidou os detentores do poder. A República permanece sempre exposta a crises que a sacrificam mais uma vez porque nunca foi verdadeiramente praticada no Brasil, contando com as massas para a defesa do populismo por se sentirem, as mesmas, identificadas com ela e beneficiadas por suas franquias e concessões.
Quando o Presidencialismo anula outros poderes, notadamente o Judiciário e o Legislativo, o mandonismo vigora alimentando a desorganização dos serviços públicos.
Esperava-se que restabelecida na sua plenitude a DEMOCRACIA constituiria um novo modelo por suas virtudes e por sua eficiência. Porém sem uma formação, entre nós de uma vigorosa consciência política, permaneceremos neste contexto. Os partidos políticos só se movimentam nas campanhas eleitorais para a obtenção de votos. Não temos ainda uma consciência política, porque tudo recai nos mesmos vícios do passado e o que prevalece é a indiferença.
No Brasil de hoje, não há um impasse político institucional, pois a configuração beneficia os partidos políticos.
A possibilidade de reeleição ad infinitum torna os dirigentes políticos permanentes freqüentadores de palanque com discursos vazios eleitoreiros de promessas futuras por quem está no exercício do poder, clara evidência da distorção do deixar o trabalho do mandato presente em função da conquista eleitoral de uma próxima gestão.
A prática do continuísmo direto ou indireto promove a corrupção eleitoral, desvios de verbas, licitações viciadas, favorecimentos e outras imputações de improbidades afins. O início da solução deste grave problema no quadro político está na ALTERNÂNCIA DE PODER.
O desejo do cidadão brasileiro é a procura do modelo natural – que é o da democracia moderna, forte e justa.
Para preservar e proteger os direitos e as liberdades individuais, um povo democrático deve trabalhar em conjunto para modelar o governo que escolher. E a maneira principal de fazer isso é através dos partidos políticos.
Há um ditado nas sociedades livres: cada povo tem o governo que merece. Para que a democracia seja bem sucedida os cidadãos têm que ser ativos, não passivos, porque sabem que o sucesso ou o fracasso do governo é responsabilidade sua e de mais ninguém.
Ao contrário da ditadura, um governo democrático existe para servir o povo.
As democracias garantem muitas liberdades aos seus cidadãos incluindo a liberdade de discordar e de buscar na ALTERNÂNCIA DE PODER um governo cuja obrigação é explicar  suas decisões e ações aos cidadãos com o objetivo de impedir a corrupção e de assegurar que as autoridades públicas continuem responsáveis e acessíveis às pessoas a quem servem, porque na ausência desses mecanismos, a corrupção pode florescer.
O autor é Historiado
 Farol Blumenau

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

PIB (Perfeito Idiota Brasileiro)

Ele fura fila. Ele estaciona atravessado. Acha que pertence a uma casta privilegiada. Anda de metrô – mas só no exterior.
Conheça o PIB (Perfeito Idiota Brasileiro). E entenda como ele mantém puxado o freio de mão do nosso país.
Ele não faz trabalhos domésticos. Não tem gosto nem respeito por trabalhos manuais. Se puder, atrapalha o trabalho de quem pega no pesado. Trata-se de uma tradição lusitana, ibérica, que vem sendo reproduzida aqui na colônia desde os tempos em que os negros carregavam em barris, nas costas, a toilete dos seus proprietários, e eram chamados de “tigres” – porque os excrementos lhes caíam sobre as costas, formando listras. O Perfeito Idiota Brasileiro, ou PIB, também não ajuda em casa por influência da mamãe, que nunca deixou que ele participasse das tarefas – nem mesmo por ou tirar uma mesa, nem mesmo arrumar a própria cama. Ele atira suas coisas pela casa, no chão, em qualquer lugar, e as deixa lá, pelo caminho. Não é com ele. Ele foi criado irresponsável e inconsequente. É o tipo de cara que pede um copo d’água deitado no sofá. E não faz nenhuma questão de mudar. O PIB é um especialista em não fazer, em fazer de conta, em empurrar com a barriga, em se fazer de morto. Ele sabe que alguém fará por ele. Então ele se desenvolveu um sujeito preguiçoso. Folgado. Que se escora nos outros, não reconhece obrigações e que adora levar vantagem. Esse é o seu esporte predileto – transformar quem o cerca em seus otários particulares.
O tempo do Perfeito Idiota Brasileiro vale mais que o das demais pessoas. É a mãe que fura a fila de carros no colégio dos filhos. É a moça que estaciona em vaga para deficientes ou para idosos no shopping. É o casal que atrasa uma hora num jantar com os amigos. A lei e as regras só valem para os outros. O PIB não aceita restrições. Para ele, só privilégios e prerrogativas. Um direito divino – porque ele é melhor que todos os outros. É um adepto do vale tudo social, do cada um por si e do seja o que Deus quiser. Só tem olhos para o próprio umbigo e os únicos interesses válidos são os seus.
O PIB é o parâmetro de tudo. Quanto mais alguém for diferente dele, mais errado esse alguém estará. Ele tem preconceito contra pretos, pardos, pobres, nordestinos, baixos, gordos, gente do interior, gente que mora longe. E ele é sexista para caramba. Mesma lógica: quem não é da sua tribo, do seu quintal, é torto. E às vezes até quem é da tribo entra na moenda dos seus pré-julgamentos e da sua maledicência. A discriminação também é um jeito de você se tornar externo, e oposto, a um padrão que reconhece em si, mas de que não gosta. É quando o narigudo se insurge contra narizes grandes. O PIB adora isso.
O PIB anda de metrô. Em Paris. Ou em Manhattan. Até em Buenos Aires ele encara. Aqui, nem a pau. Melhor uma hora de trânsito e R$ 25 de estacionamento do que 15 minutos com a galera no vagão. É que o Perfeito Idiota tem um medo bizarro de parecer pobre. E o modo mais direto de não parecer pobre é evitar ambientes em que ele possa ser confundido com um despossuído qualquer. Daí a fobia do PIB por qualquer forma de transporte coletivo.
Outro modo de nunca parecer pobre é pagar caro. O PIB adora pagar caro. Faz questão. Não apenas porque, para ele, caro é sinônimo de bom. Mas, principalmente, porque caro é sinônimo de “cheguei lá” e “eu posso”. O sujeito acha que reclamar dos preços, ou discuti-los, ou pechinchar, ou buscar ofertas, é coisa de pobre. E exibe marcas como penduricalhos numa árvore de natal. É assim que se mostra para os outros. Se pudesse, deixaria as etiquetas presas ao que veste e carrega. O PIB compra para se afirmar. Essa é a sua religião. E ele não se importa em ficar no vermelho – preocupação com ter as contas em dia, afinal é coisa de pobre.
O PIB é cleptomaníaco. Sua obsessão por ter, e sua mania de locupletação material, lhe fazem roubar roupão de hotel e garrafinha de bebida do avião e amostra grátis de perfume em loja de departamento. Ele pega qualquer produto que esteja sendo ofertado numa degustação no supermercado. Mesmo que não goste daquilo. O PIB gosta de pagar caro, mas ama uma boca-livre.
E o PIB detesta ler. Então este texto é inútil, já que dificilmente chegará às mãos de um Perfeito Idiota Brasileiro legítimo, certo? Errado. Qualquer um de nós corre o risco de se comportar assim. O Perfeito Idiota é muito mais um software do que um hardware, muito mais um sistema ético do que um determinado grupo de pessoas.
Um sistema ético que, infelizmente, virou a cara do Brasil. Ele está na atitude da magistrada que bloqueou, no bairro do Humaitá, no Rio, um trecho de calçada em frente à sua casa, para poder manobrar o carro. Ele está no uso descarado dos acostamentos nas estradas. E está, principalmente, na luz amarela do semáforo. No Brasil, ela é um sinal para avançar, que ainda dá tempo – enquanto no Japão, por exemplo, é um sinal para parar, que não dá mais tempo. Nada traduz melhor nossa sanha por avançar sobre o outro, sobre o espaço do outro, sobre o tempo do outro. Parar no amarelo significaria oferecer a sua contribuição individual em nome da coletividade. E isso o PIB prefere morrer antes de fazer.
(Adriano Silva - jornalista)
Na verdade, basta um teste simples para identificar outras atitudes que definem o PIB: liste as coisas que você teria que fazer se saísse do Brasil hoje para morar em Berlim ou em Toronto ou em Sidney. Lavar a própria roupa, arrumar a própria casa. Usar o transporte público. Respeitar a faixa de pedestres, tanto a pé quanto atrás de um volante. Esperar a sua vez. Compreender que as leis são feitas para todos, inclusive para você. Aceitar que todos os cidadãos têm os mesmos direitos e os mesmo deveres – não há cidadãos de primeira classe e excluídos. Não oferecer mimos que possam ser confundidos com propina. Não manter um caixa dois que lhe permita burlar o fisco. Entender que a coisa pública é de todos – e não uma terra de ninguém à sua disposição para fincar o garfo. Ser honesto, ser justo, não atrasar mais do que gostaria que atrasassem com você. Se algum desses códigos sociais lhe parecer alienígena em algum momento, cuidado: você pode estar contaminado pelo vírus do PIB. Reaja, porque enquanto não erradicarmos esse mal nunca vamos ser uma sociedade para valer.
Fonte: Revista SUPERINTERESSANTE – Edição 335 – Julho/2014 – Pgs. 24-25. Edição impressa.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Violência se alastra no interior



24/07/2014 - Fabricio Rebelo
A crise na segurança pública brasileira é grave, não havendo êxito sequer na contenção das atividades criminosas nas grandes cidades, com todos os recursos que lhes são inerentes. No interior, sem estes recursos, o quadro é catastrófico, verdadeiramente desesperador.
Continua repercutindo, com justificada razão, a mais recente edição do Mapa da Violência, publicada neste mês de julho. O recorde de 56.337 homicídios em 2012 é mesmo assustador e o número de cidades com taxas de homicídio elevadas igualmente impressiona. Contudo, há um fator apontado pelo estudo que demanda especial atenção: a interiorização da violência homicida.

Há cerca de duas décadas, ou até menos, era comum, no discurso de alguém que queria tranquilidade, a afirmação de que se mudaria para o interior. Hoje, a estratégia precisa ser repensada. Muitas cidades do interior possuem taxas de homicídio acima das capitais.

De todas as cidades computadas no Mapa da Violência 2014, a primeira dentre as capitais, Maceió (AL), aparece apenas na 35ª colocação. É a única dentre as 50 primeiras colocadas, que mantêm, todas, taxas superiores a 81 assassinatos para cada 100 mil habitantes. A capital seguinte na lista, Fortaleza (CE), aparece na 60ª colocação.

O levantamento comprova um movimento migratório da violência homicida para o interior dos estados, onde, em regra, a estruturação policial é mais frágil - em alguns municípios é realmente precária. E o pior é que não se tem perspectiva de melhoria a curto ou médio prazo. Ao contrário, o que se tem constatado é um crescimento gradual nas ações criminosas e em sua organização, não raro com cidades inteiras feitas reféns da ação de bandidos.

Na Bahia, por exemplo, os roubos a banco em cidades do interior indicam que a situação saiu do controle. Em 2013, foram 193 ataques e, no primeiro semestre deste ano, o número já se aproxima de 100 ocorrências. São ações de guerrilha, com táticas de ataque bem articuladas, uso de armamento pesado e, quase sempre, explosivos, com os quais cofres e caixas eletrônicos são arrombados – e junto com eles voam pelos ares agências bancárias inteiras.

A população dessas cidades não tem o que fazer, senão assistir a tudo rezando para sair com vida. Em muitos casos, os bandidos iniciam o ataque pelas unidades de polícia, em regra imóveis de pequeno porte com meia dúzia (ou menos) de policiais, e, daí em diante, tomam, literalmente, conta da cidade. Reúnem a população nas praças, servindo-lhes de escudo humano, e atacam as agências, às vezes duas ou três de uma só vez. Fogem exibindo poder de fogo, disparando a esmo seus fuzis 7.62 e, também não raro, levando reféns.

Os ataques deixam mortos. Alguns são os policiais inicialmente feitos de alvo, outros são os reféns ou cidadãos comuns, baleados ao acaso para facilitar a fuga sem perseguição. E em populações mais reduzidas, como na maioria das cidades interioranas, qualquer homicídio adicional tem impacto relevante na respectiva taxa que os contabiliza.

Além dos ataques a banco, as cidades sofrem com a invasão das drogas, principalmente o crack. Em alguns casos a situação é absurda, com proprietários rurais sem conseguir sequer mão-de-obra para a lavoura ou a atividade pecuária, vendo a força de trabalho ser transformada em zumbis que mal conseguem responder o próprio nome. A droga traz o tráfico e, com ele, mais mortes.

Nenhuma atividade criminosa mata mais que o tráfico de drogas, direta ou indiretamente. Ao tráfico estão relacionados os assassinatos em disputas por pontos de venda, os mortos em brigas entre facções rivais, os acertos de conta e os latrocínios resultantes de ações para alimentar o vício, pagar dívidas ou fortalecer financeiramente as quadrilhas. Se o tráfico se alastra, as taxas de homicídio aumentam na mesma proporção.

De sinônimo de tranquilidade, o interior se tornou referência de fragilidade. Com polícia deficitária, população desarmada por ações governamentais e inevitável circulação de dinheiro, tornou-se atrativo polo para a prática delituosa. Os mais recentes números apenas comprovam isso.

A crise na segurança pública brasileira é grave, não havendo êxito sequer na contenção das atividades criminosas nas grandes cidades, com todos os recursos que lhes são inerentes. No interior, sem estes recursos, o quadro é catastrófico, verdadeiramente desesperador. O eixo central das políticas de segurança precisa ser urgentemente revisto, abandonando-se o foco estritamente social e combatendo aquilo que realmente mata, nas capitais ou no interior: a criminalidade habitual.


Reforma Política? Reforma Tributária? Reforma financeira? Punição clara e rápida aos corruptos?

Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Os principais candidatos à sucessão presidencial se recusam a discutir, seriamente, estas causas principais do pibinho (baixo crescimento) combinado com carestia (aumento de especulativo de preços e depreciação do poder de compra) – gerando estagflação, que logo se transformará em recessão.

Enquanto a governança do crime organizado domina o País, em um espetáculo eleitoreiro de cinismo, mentiras e safadezas, os especuladores, cartéis e bancos lucram cada vez mais, ampliando a concentração produtiva e financeira no Brasil.  Banqueiros festejam lucros recordes no trimestre: Itaú Unibanco (R$ 4,973 bilhões) e Bradesco (R$ 3,78 bilhões).  O Santander, crítico arrependido do governo, lucrou “apenas” R$ 527,5 milhões...

O resultado do Itau Unibanco, anunciado nesta terça-feira, chama atenção pelos fatores que geraram tanto lucro, mesmo em uma atividade econômica de estagflação.  O banco faturou alto com os segmentos de crédito consignado (62,1%), imobiliário (26,1%) e cartão de crédito (28,6%).
A inadimplência, pelo menos no salvo de operações vencidas com mais de 90 dias, parece sob controle.  Mas o eleitor descontente com o governo, em sua maioria, encontra dificuldades, ao mesmo tempo, para fechar as contas de pagamento de empréstimos ou cheque especial, da prestação da casa própria ou do aluguel e do “dinheiro de plástico” dos cartões a juros extorsivos.

O motivo psicológico-econômico da bronca contra o governo Dilma vem da dificuldade de fechar as contas do mês com o mesmo orçamento – em geral composto por salários sem reajustes que acompanhem os aumentos absurdos de preços, sobretudo dos alimentos.  Não será a farra de escândalos na Petrobras, Eletrobras e outras “estatais”, nem o escândalo do Mensalão (já em fase de esquecimento), que derrotarão Dilma.  Ela será vencida pelo motivo que vai derrotar, em futuro próximo, quem vencer a eleição: a incapacidade de fazer as reformas essenciais na política, nos tributos e nas finanças, além de realizar um controle dos desperdícios gerados pela ineficiente máquina estatal capimunista – que só beneficia os controladores dos cartéis.

Derrotar o esquema petralha na eleição de outubro é uma prioridade fundamental.  Mas não basta, se a suposta “oposição” continuar raciocinando com o intestino, alimentando a conjuntura de bosta política e econômica.  A agenda das reformas prioritárias e urgentes precisa entrar na pauta de discussão séria da campanha eleitoral.  Se não entrar, serão os brasileiros quem entrarão (pelo cano), em breve. Nosso modelo esgotou-se (no sentido sanitário do termo).

Ou o Brasil muda, de verdade, ou se transformará em uma filial colonial da China – cujo capital entra pesado na América Latina, para adquirir empresas estratégicas, na bacia das almas, comendo pela beirada.  Estrategistas norte-americanos já demonstram preocupação com a transformação do Brasil em uma mera periferia chinesa.  Quando tal fenômeno se consolidar, a autoritária China terá condições de assumir o tão sonhado papel hegemônico na geopolítica.

O engraçado é que a China pretensamente Comunista, na verdade Capitalista de Estado (ou Capimunista) não passa de um projeto estruturado pela Oligarquia Financeira Transnacional para impedir que os Estados Unidos da América tenham hegemonia global, com soberania e independência.

O destino do Brasil é essencial para a disputa EUA x China. Por enquanto, o jogo parece favorável aos chineses. Mas a Águia pode armar para cima do Urso Panda.  Nós, os fulecos, somos a bola dessa partida.  Enquanto os candidatos brincam, demagogicamente, de segurar bebês no colo, os brasileiros vão ficando sem pai e nem mãe...

segunda-feira, 28 de julho de 2014

ARTIGOS - GOVERNO DO PT

ESCRITO POR FÉLIX MAIER | 25 JULHO 2014

Lula foi uma liderança sindical criada e incentivada pelo general Golbery do Couto e Silva, “o bruxinho que era bom”, para neutralizar o projeto político de Leonel Brizola junto à classe trabalhadora, quando ocorresse a redemocratização, assim como para neutralizar as lideranças da esquerda radical, de modo que os idos de março de 1964 não se repetissem.
O “Lula secreto”, que no início dos anos 1970 tomou aulas de sindicalismo na Johns Hopkins University, nos EUA, sempre foi uma figura dúbia, de tal modo que Guido Mantega o considerava um “burguês” a serviço das montadoras e chegou até a boicotar um texto dele em um jornaleco esquerdista. Romeu Tuma Jr., no livro Assassinato de Reputações, afirma que Lula era um informante dos militares, conhecido como “Barba”, era amigo pessoal do delegado Romeu Tuma e, quando esteve preso, tinha muitas regalias, como não ficar atrás das grades, mas em uma espécie de prisão domiciliar.
Passados esses anos todos, descobriu-se que Lula, o “cabo Anselmo do ABC”, conseguiu enganar a todos, a começar por Golbery, que acreditava ter ajudado a criar uma oposição “digerível”, o Partido dos Trabalhadores (PT). O “Barba” provou que não é um democrata, mas uma figura desprezível que se ligou a tiranos sanguinários comunistas, como Fidel Castro, para transformar toda a América Latina em uma nova União Soviética. A União das Nações Sul-Americanas (Unasul), por acaso, não lembra a URSS?
O PT, em sua trajetória, sempre provou ser um partido autoritário, em que prevalece a ética leninista de que os fins almejados justificam os meios sujos utilizados. Provas? O PT não apoiou o candidato presidencial Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, não assinou a Constituição de 1988, detonou o presidente Collor de Mello com seu “governo paralelo, instituiu o “orçamento participativo” em muitos municípios, tirando as prerrogativas dos vereadores, não apoiou Itamar Franco em um momento difícil, foi contra o Plano Real e a responsabilidade fiscal, – além de outros arroubos autoritários que veremos adiante.
A história do PT é, principalmente, a história de Lula. Há o PT oficial (e o Lula oficial), propagado pela mídia, e o PT clandestino (e o Lula clandestino), escondido pela mídia. O PT oficial participou da Constituinte, embora tenha se negado a assinar a Constituição, por não ser stalinista como desejava. O PT clandestino quis retirar da Constituição a prerrogativa das Forças Armadas, no que diz respeito à garantia da lei e da ordem (GLO), com o intuito de enfraquecer a ultima ratio de defesa da democracia. Tanto é verdade que, quando Lula foi eleito presidente, seu governo criou a Força Nacional de Segurança, para substituir as Forças Armadas em ações internas.
Em 1989, Lula foi o candidato a presidente do PT oficial. Derrotado nas urnas, entrou em ação o PT clandestino e seu desavergonhado “governo paralelo”, com o objetivo de derrubar Collor. Depois de ampla campanha contra o presidente, em que se destacou o serviço secreto do PT, dirigido pelo araponga cubano-brasileiro José Dirceu, com a criação de dossiês e enxurrada de denúncias obtidas por petistas enquistados no governo, Collor foi destituído da presidência. Durante a “CPI dos anões do Congresso”, Esperidião Amin apelidou o serviço secreto petista de “PTPol”, a Interpol do PT. Coitado de Collor! Comparado às falcatruas perpetradas por Lula e pelo PT até os dias de hoje, com destaques para o “mensalão” e o Pasadenagate, Collor não passa de um pivete pé de chinelo.
Um fato grave do PT clandestino ocorreu naquela época, que não teve a devida repercussão na grande mídia. Um antigo guarda-costas de Fidel Castro, Juan Reinaldo Sánchez, autor do livro A vida secreta de Fidel, afirma que espiões cubanos participaram das campanhas presidenciais de Lula, desde 1989. E que os médicos cubanos, recém-contratados por Dilma Rousseff no programa Mais Médicos, não passam também de espiões a serviço de Cuba - um verdadeiro cavalo-de-troia comunista montado pelos “gregos” petistas, uma cunha cubana cravada no coração do Brasil.
O PT oficial nasceu defendendo a ética e pedia CPI para tudo. No entanto, ao comandar as primeiras prefeituras, apareceu a força do PT clandestino, com denúncias de corrupção aos montes, seja em Ribeirão Preto (Antonio Palocci), seja em Santo André (Celso Daniel), ou em São José dos Campos (Ângela Guadagnin, a “dançarina da pizza”). Quando o petista Paulo de Tarso Venceslau, em 1997, denunciou as falcatruas de Lula e do PT, a única providência do PT foi expulsá-lo do partido, como é de praxe nesses casos. Provou-se que o PT é composto, não por donzelas puras, mas por vestais grávidas.
Em 1990, após a derrubada do Muro de Berlim e o início da implosão da URSS, o PT clandestino entrou em ação com força total. Sem nada divulgar para a imprensa, Lula e Fidel Castro criaram o Foro de São Paulo, o qual tinha três objetivos imediatos: salvar o regime cubano, depois que Moscou deixou de remeter gorda mesada a Cuba, impedir o ingresso do México no NAFTA e eleger Lula presidente do Brasil. O objetivo estratégico do Foro, que engloba partidos políticos e movimentos esquerdistas em geral, além de grupos terroristas como as FARC, é comunizar toda a América Latina, tendo Cuba como farol ideológico. A Venezuela de Chavez-Maduro é o que hoje mais se aproxima desse objetivo final, seguido pela Bolívia de Evo Cocales, o Equador de Rafael Correa, a Argentina de Cristina Kirchner, a Nicarágua de Daniel Ortega e – last but not least – o Brasil de Lula-Dilma.
O atual ministro das Relações Exteriores do PT oficial, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, é mera figura decorativa, depois que o Itamaraty foi jogado no limbo pelo PT, não servindo para nada. O Inglês, que é o Esperanto que deu certo, chegou a ser retirado da prova obrigatória de candidatos ao Itamaraty. Para que falar a língua de Shakespeare, se o cara sabe falar “nóis pega os peixe”? Como prova da subserviência do Itamaraty à ideologia bolivariana, vale lembrar os vergonhosos casos de ingerência do Brasil e da Unasul em assuntos externos, como o asilo político concedido ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaia, e a crise do impeachment do presidente Fernando Lugo, no Paraguai, ocasião em que se aproveitou para expulsar o Paraguai do Mercosul e acolher a Venezuela. Nem é preciso falar da posição do governo petista (“anão diplomático”) frente a Israel, sempre apoiando os terroristas do Hamas, como se o país judeu não tivesse o elementar direito de defender sua população contra os milhares de foguetes disparados de Gaza. No entanto, a direção da política internacional está com o ministro do PT clandestino, Marco Aurélio “top top” Garcia.
Romeu Tuma Jr., em seu livro Assassinato de Reputações, enumera uma série de crimes cometidos pelo PT clandestino. Como exemplo, ele cita o caso insepulto de Celso Daniel, fazendo uma pergunta até hoje não respondida: “Por que Gilberto Carvalho ainda não caiu do caminhão?” Todos os brasileiros não comprometidos com o petralhismo esperam que esta e outras interrogações sejam respondidas no segundo livro de Tuma Jr., a ser publicado nas vésperas das eleições de outubro. Segundo Tuma Jr., até a Polícia Federal tem uma ala petista, que ele classifica de Gestapo do PT, cuja finalidade é confeccionar dossiês de adversários políticos. Ou seja, assassinar reputações. Vale lembrar os dossiês feitos pelos petralhas contra os candidatos presidenciais Roseane Sarney, José Serra, José Alckmin - além do próprio FHC.
O PT clandestino atua há bastante tempo no mundo virtual, não só nestes tempos de ação webterrorista feita por Franklin Martins para alavancar a reeleição de Dilma Rousseff - com o auxílio prestimoso do petista de carteirinha José Dias Toffoli, ministro do STF e atual presidente do TSE, que impediu que as urnas eletrônicas passassem por um teste público. É crescente o uso da internet para ataques contra a imprensa e desafetos políticos, configurando-se verdadeira guerrilha digital. Um exemplo foi o “tuitaço” promovido por Rui Falcão, presidente do PT, e simpatizantes contra a revista Veja, que publica tanto os “malfeitos” da petralhada, quanto os dos tucanos. Eles utilizam robôs e perfis peões, para fazer crer que houve grande adesão a um movimento, como #vejabandida. O # (hashtag ou marcador) colocado na frente de uma palavra ou expressão compete por atenção na rede. Em 2011, o PT lançou o Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais. “A utilização massiva da internet, das redes sociais e de blogueiros amestrados faz parte das táticas de engodo e manipulação da verdade no Brasil”. Na China, os “peões” que defendem o governo comunista recebem 50 centavos por cada inserção de apoio. No Brasil, quanto ganham os insetos da falconaria petralha para assassinar as reputações de Aécio Neves e Eduardo Campos?
Até este insignificante escriba da internet é patrulhado por petistas. Um blog baba-ovo, com o nome de Os amigos do presidente Lula, colocou na internet a calúnia de que eu sou um “falsificador de cartas”. As cartas têm autoria, não inventei nada, apenas postei textos recebidos de colaboradores. Ainda estou pensando se processo ou não o difamador. Por ora, o link está aí, especialmente para o deleite dos petralhas, para que conheçam as cartas postadas por mim no site Usina de Letras e espumem de raiva.
Hoje em dia, devido ao poder imperial que adquiriu, de feição fascista, sem uma oposição efetiva, o PT já realiza ações clandestinas à luz do sol. Um exemplo é o decreto nº 8243, assinado por Dilma Rousseff, de modo a instalar conselhos (sovietes) e comissões em todos os órgãos públicos. Tal decreto é apenas o eco de num outro decreto, feito por um órgão de hierarquia superior, ao qual o PT está inteiramente subjugado: o onagro vermelho que se chama Foro de S. Paulo. O jurista Ives Gandra alerta para o perigo de tal ignomínia ser colocada em prática, tirando as prerrogativas do Congresso Nacional. Na verdade, o decreto de Dilma segue o modelo bolivariano de assalto às instituições, de modo a implantar um governo totalitário no Brasil como o que existe em Cuba. Espero que os congressistas rejeitem tal patifaria.
Outro projeto petista é convocar para setembro deste ano um plebiscito popular por uma constituinte exclusiva, de modo que o povo brasileiro dê carta branca ao projeto de acelerar a cubanização do País. Tal canalhice começou a ser levantada pelo PT depois das manifestações de junho de 2013 e agora toma novo fôlego. Por que o PT tem tanta pressa em realizar tal plebiscito? Como a reeleição de Dilma Rousseff não está garantida, com o crescimento de apoio da população aos candidatos Aécio Neves e Eduardo Campos, o PT quer acelerar o processo de comunização do País.
Se o PT oficial realiza ações cada vez mais ousadas, às claras, tendo em vista tornar o Brasil um país comunista, tendo Cuba como modelo, o que estaria neste momento fazendo o PT clandestino? Importando armas de Cuba e da Venezuela para armar suas futuras milícias, a exemplo do MST, do mesmo modo como fazia o comunista Salvador Allende quando foi presidente do Chile? Não sei. Tratando-se do PT, o pior ainda pode acontecer, porque infelizmente estamos vivendo em uma autêntica República dos Bandidos.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

TCU livra Dilma agora, mas pode responsabilizá-la, no futuro, por prejuízos contra a Petrobras


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Para que serve, realmente, o bem remunerado Conselho de Administração de uma empresa estatal de economia mista no Brasil?
A pergunta ganha força com a estranha decisão do “Tribunal” de Contas da União – que nem é um tribunal no sentido judiciário do termo -, ao isentar, por unanimidade, pelo menos neste momento pré-reeleitoral, Dilma Rousseff e demais conselheiros da Petrobras de qualquer responsabilidade pelos prejuízos causados pela compra da refinaria Pasadena, no Texas, EUA.

Como órgão auxiliar do Poder Legislativo, claramente, o TCU tomou uma decisão política bem conveniente para o governo, poupando Dilma Rousseff, que presidia o Conselhão da Petrobras quando a operação Pasadena foi fechada.  Prova disto é que o ministro-relator do caso, José Jorge, admitiu que, no futuro, Dilma e demais conselheiros poderão ser responsabilizados.  Jorge ponderou que, agora, o TCU promoveu, apenas, uma “tomada de contas especial” que preferiu restringir a responsabilidade do caso à diretoria da Era Lula, presidida por José Sérgio Gabrielli.

Foi Dilma quem presidiu, em 2006, a reunião do Conselho de Administração que autorizou o negócio.
De forma conveniente, o TCU preferiu ignorar o que está claramente escrito na Lei 6.404, das Sociedades Anônimas, segundo a qual o Conselho de Administração tem a competência de eleger e fiscalizar a atuação de diretores.  Só o malabarismo petista, respaldado pela unanimidade do TCU, aceita a tese de que o Conselho não tem responsabilidade civil pelos atos da diretoria – que, diretamente, respaldou.  Os conselheiros se salvam, mas todos os diretores ficam com seus bens indisponíveis, até que o TCU decida se será necessária a devolução de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras pelos prejuízos em Pasadena.

Embora tenha livrado a cabeça de Dilma e dos conselheiros, a decisão do TCU inferniza José Sérgio Gabrielli, super aliado de Lula.
Joga no fogo um nome que sempre consegue escapar de reclamações de investidores, o do diretor financeiro da Petrobras, Almir Guilherme Barbassa.  Complica a vida da dupla Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa (este último, réu e preso na Operação Lava Jato).  Sobrou para os ex-diretores Guilherme Estrela, Renato de Souza Duque e Ildo Sauer (um dos maiores críticos públicos do caos energético promovido pelas gestões petistas).  Também entram na roda Luís Carlos Moreira (então gerente da área internacional), Carlos César Borromeu de Andrade (ex-gerente jurídico internacional), e os ex-dirigentes da Petrobras América, Gustavo Tardin Barbosa e Renato Tadeu Bertani.

Ao todo, a Petrobras torrou US$ 1,25 bilhão.  Em 2005, a belga Astra Oil comprou Pasadena por US$ 42,5 milhões. Em 2006, a Petrobras adquiriu a primeira metade da refinaria.  Após uma disputa na Justiça dos Estados Unidos, na qual sofreu seguidas derrotas, divergindo sobre valores de investimentos para modernizar velha planta industrial, a Petrobras fez um acordo para adquirir os 50% restantes.

A intenção imediata do PT foi cumprida: tirar Dilma, ao menos temporariamente, da confusão de Pasadena, que contaminaria ainda mais a campanha reeleitoral em que ele se desgasta com o má situação da economia.

Pasadena é "peixe pequeno" perto de outros casos.  Lula, Dilma e os petistas têm muito a explicar na Petrobras.  Gemini, Abreu e Lima, Comperj, PFICO, BB Millenium...
Mas o que mais apavora o PT é a BR Distribuidora...

SISTEMA TRIBUTÁRIO EXPLICADO COM CERVEJA

 O Sistema Tributário Brasileiro Explicado com Cerveja

Suponha que, todo dia, dez homens saíam para tomar cerveja e que a conta para os dez ficava em R$ 100. Se eles pagassem sua conta da forma como nós pagamos  nossos impostos, ficaria mais ou menos assim:
> Os primeiros quatro homens (os mais pobres) não pagariam nada.
> O quinto pagaria R$ 1.
> O sexto pagaria R$ 3.
> O sétimo pagaria R$ 7.
> O oitavo pagaria R$ 12.
> O nono pagaria R$ 18.
> O décimo (o mais rico) pagaria R$ 59.

Assim, foi o que eles decidiram fazer.
Os dez homens bebiam no bar todos os dias e pareciam muito felizes com o  arranjo, até que um dia, o proprietário lhes fez uma oferta:
"Uma vez que vocês são todos tão bons clientes", ele disse, "eu vou reduzir o custo da cerveja diária de vocês em R$ 20. As bebidas para os dez, agora custarão somente R$ 80."
O grupo ainda queria pagar sua conta da forma como nós pagamos os impostos,  de modo que os quatro primeiros homens não seriam afetados e continuariam a beber de graça.
Mas e os outros seis homens - os clientes pagantes?
Eles dividiriam os R$ 20 de desconto, de modo que todos eles obtivessem sua "quota justa”.
Eles calcularam que R$ 20 divididos por seis daria R$ 3,33.
Mas se eles subtraíssem isto da quota de cada um, então o quinto e o sexto homens teriam que receber para beber sua cerveja.
Assim, o proprietário do bar sugeriu que seria justo reduzir a conta de cada homem proporcionalmente ao valor pago por cada um, e calculou as quantias que cada um deveria pagar.
E assim:
> O quinto homem, como os primeiros quatro, agora não pagaria nada (100% de economia).
> O sexto agora pagaria R$ 2 ao invés de R$ 3 (33% de economia).
> O sétimo agora pagaria R$ 5 ao invés de R$ 7 (28% de economia).
> O oitavo agora pagaria R$ 9 ao invés de R$ 12 (25% de economia).
> O nono agora pagaria R$ 14 ao invés de R$ 18 (22% de economia).
> O décimo agora pagaria R$ 49 ao invés de R$ 59 (16% de economia).
Cada um dos seis que pagavam ficou numa situação melhor do que antes. E os quatro primeiros continuavam a beber de graça. Mas, quando saíram do restaurante, os homens começaram a comparar as suas economias.
"Eu só ganhei um real dos R$ 20", declarou o sexto homem. Ele apontou para o décimo homem, "mas ele ganhou R$ 10!".
"Sim, está certo", exclamou o quinto homem. "Eu também economizei somente um real. É injusto ele ganhar dez vezes mais do que eu!".
"É verdade!!" gritou o sétimo homem. "Porque ele deve receber de volta R$ 10 e eu só recebi dois? Os ricos levam todas as vantagens!".
"Espere aí ", gritaram juntos os quatro primeiros homens. "Nós não ganhamos nada. O sistema explora os pobres!"
Os nove homens rodearam o décimo e deram-lhe uma surra!
Na noite seguinte, o décimo homem não apareceu para beber, de modo que os nove sentaram e tomaram suas cervejas sem ele. Mas quando chegou a hora de pagar a conta, eles descobriram algo importante. Eles não tinham, entre eles, dinheiro bastante para pagar nem a metade da conta!
E assim, senhoras e senhores, é como funciona nosso sistema tributário. As pessoas que pagam os maiores impostos são as mais beneficiadas pelas reduções de taxas. Taxem-nos demais, ataquem-nos por serem ricos, e eles simplesmente podem não aparecer mais. Na realidade, eles podem começar a beber no exterior, onde a atmosfera seja mais amigável.
Para aqueles que entendem, não é necessária nenhuma explicação!!!!
Para aqueles que não entendem, nenhuma explicação é suficiente!!!!!!!!







quarta-feira, 16 de julho de 2014

RECRUDESCIMENTO DO MASSACRE AOS APOSENTADOS


Economista Marcos Coimbra
Professor, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.
Segundo a Auditora Fiscal Maria Lúcia Fattorelli, “quase a metade do orçamento federal do corrente ano, exatos 42%, está destinada ao pagamento da dívida pública brasileira. Dos 2,14 trilhões de reais, 900 bilhões serão gastos com o pagamento de juros e amortizações da dívida pública”. Enquanto isto os números do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) indicam que no ano de 2013 houve um déficit de 51,259 bilhões de reais, sendo que o setor urbano apresenta um saldo positivo, enquanto o setor rural revela um “déficit” acentuado.
Para agravar a situação, a atual administração petista acelera o processo de “desoneração” de setores e empresas privilegiadas no relativo principalmente à contribuição social, fato que aumenta a insegurança do sistema previdenciário, pois não está sendo feita a devida reposição pela administração federal dos valores que deveriam ter sido concretizados pelos empregadores, apesar das promessas feitas. O resultado será fatalmente a diminuição, em termos reais, dos denominados “benefícios”.
Os aposentados que ganham mais de um salário mínimo, quase 10 milhões de pessoas, recebem um ridículo reajuste de 5,56%, enquanto os beneficiários do chamado “bolsa família”, que nunca contribuíram para a previdência, obtiveram um aumento de 10%. É evidente que a tendência será a de que todos os aposentados passarão a ganhar pouco mais de um salário mínimo (SM) ao longo do tempo, apesar de alguns terem contribuído até sobre 20 SM, agora contribuindo sobre o máximo de 10 SM. E ainda voltam a contribuir, sem retorno, quando retornam ao trabalho.
E aqueles que contribuem para sistemas complementares como é o caso dos empregados de estatais em órgãos como Previ, Petros, Funcef etc. estão sendo duramente prejudicados em virtude de inversões inadequadas, especialmente por interesses políticos, as quais começam a gerar resultados modestos e até negativos, gerando insegurança crescente aos associados.
Ora, a Ciência Atuarial existe justamente para calcular a relação adequada entre o valor das contribuições, o tempo devido e os benefícios a serem auferidos pelos segurados. Assim, não se trata de favor e sim de obrigação a contrapartida às contribuições vertidas ao longo dos tempos pelos empregados. Não faz assim sentido usar a desculpa esfarrapada de que o Tesouro não suportará o ônus dos “benefícios”, considerando-se o volume dos juros e amortizações destinados aos rentistas.
Nos primórdios da instituição do atual sistema de Previdência Social, ele existia apenas para garantir a seguridade social, considerando a existência de três contribuições iguais: a do empregado, a do empregador e a do governo. Com o decorrer do tempo, devido aos elevados níveis de desemprego, às ínfimas remunerações, o sistema passou a ser responsável também pela assistência médica e pela assistência social, além de a União nunca ter contribuído com sua parte. Para tentar corrigir esta distorção a atual CF previu várias fontes de financiamento como COFINS, CSLL etc. para arcar com o ônus imposto.
Nos últimos 60 anos, apesar de tudo, a previdência conseguiu acumular mais de um trilhão de reais que, ao invés de serem aplicados corretamente, de acordo com os critérios atuariais, no mercado, para garantir o regime de capitalização, foram desviados pelos diversos governos, ao longo do tempo, por exemplo, na construção de Brasília, na Transamazônica e outras, o que provocou seu desaparecimento. Também não pode ser esquecido o violento processo de corrupção, de empreguismo, o desvio de receitas do orçamento da previdência, a brutal sonegação existente, além da aprovação de medidas demagógicas que, apesar de serem, algumas, louváveis (idosos sem renda, trabalhadores rurais etc.), estão representando acréscimo às despesas, sem nunca terem propiciado um centavo de arrecadação, criadas pelo Congresso, sendo algumas até originárias do Executivo.
Não tentem enganar o povo. As eleições de 2014 já estão aí, para punir os defensores destas atitudes prejudiciais ao trabalhador brasileiro, em especial daqueles que apregoam os benefícios de serem aliados da atual administração petista. Aposentado também vota!
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 15.07.14-MM).

terça-feira, 15 de julho de 2014

Uma voz que clama por uma Melhor Nação Cidadã e Justa.


Em nome do Rio Grande do Sul
ESCRITO POR MILTON SIMON PIRES.

GOVERNO DO PT

O meu estado foi, na sua tradição de bipolaridade (maragatos x chimangos), a incubadora ideal dessa organização criminosa chamada Partido dos Trabalhadores.

Em toda minha vida jamais achei que fosse escrever um texto com esse título. Sempre me senti, em primeiro lugar, brasileiro. Jamais freqüentei nenhum tipo de movimento tradicionalista gaúcho e quero dizer, logo no início, que não penso fazer parte de uma elite entre os demais cidadãos do país.

Nasci e cresci no Rio Grande e tenho Porto Alegre como a cidade do meu coração. É aqui que vivo e aqui que quero morrer, aqui me formei em medicina, me casei e tive meus filhos, servi à Força Aérea e me tornei funcionário público. Hoje chegou a minha vez de escrever um pouco sobre esse protagonismo do Sul na política nacional. É com essa sensação desagradável de quem não quer ser porta-voz de coisa alguma, mas não sabe como evitar o clichê, que inicio esse pequeno artigo.

Para minha vergonha, e para de todos os gaúchos que considero pessoas de bem, a chegada do PT ao governo federal em 2003 colocou uma série de conterrâneos nossos em evidência. Ministras histéricas que têm mais respeito por bandidos do que por policiais, poetas do sêmen derramado, governadores que recebem as FARC com honras de chefe de Estado, colunistas de jornais de circulação nacional que gastariam muito melhor seu tempo tentando tocar saxofone, enfim... são vários os gaúchos despontando no cenário nacional e tomando decisões que vêm levando o Brasil a um caminho sem saída. Governado por uma ex-guerrilheira nascida em Minas Gerais, o Brasil teve no Rio Grande do Sul o início da carreira política da atual presidente.

Não me declaro admirador de Getúlio Vargas, Leonel Brizola ou Pedro Simon. Jamais defenderia João Goulart ou qualquer outro governante gaúcho que tenha surgido na cena brasileira, mas não vou deixar de dizer, sem meias palavras – nós nunca estivemos tão mal representados!

Despencou o nível dos nossos homens públicos e calaram-se os nossos pensadores. Os chamados "intelectuais" do Rio Grande do Sul celebram em coro dentro das universidades a apologia do aquecimento global, do casamento gay, das cotas raciais e da liberação da maconha. No estado que tem fama de ser o mais "machista" do Brasil os "gayuchos de bombichas" e a marcha das vadias são recebidos como heróis. Se esses são os nossos valores, se essa é a nossa virilidade, que vergonha ser gaúcho!

O Rio Grande tem na sua história uma tradição de luta e de oposição que chegaram inclusive ao conflito armado no século XIX mas hoje, independente do alinhamento com o governo federal, duvido que exista um estado mais acovardado em toda nação brasileira. Isto aconteceu porque uma aberração política nascida em São Paulo foi amamentada com carinho e com leite do rebanho do Sul.

O meu estado foi, na sua tradição de bipolaridade, a incubadora ideal dessa organização criminosa chamada Partido dos Trabalhadores. Aqui ela teve espaço para se expressar nas formas mais radicais possíveis e para fazer o chamado "ajuste de tiro", procedimento conhecido daqueles que, atuando na artilharia, precisam conhecer bem a posição e as capacidades do inimigo. Longe do centro do país, conhecido pela sua história belicosa, e culturalmente distante do resto Brasil, nós organizamos o Foro Social Mundial, recebemos terroristas do resto da América Latina, implantamos políticas radicais de controle social e adestramos uma imprensa medíocre num plano que, uma vez executado no Rio de Janeiro ou São Paulo, impediria que a serpente chocasse seu ovo em paz e o MST se sentisse "em casa".

De tudo isso sobra uma lição a ser deixada para o resto dessa nação continental – não esqueçam mais do nosso Rio Grande, não lembrem desse estado só na hora do churrasco e do Grenal, das suas mulheres bonitas e da sua geografia, às vezes, européia. Daqui sai também muita coisa perigosa, aqui se escreve muita porcaria e se canta com um orgulho ridículo um tempo de honestidade e coragem que há muito já vai longe.

Tudo isso pode não passar do desabafo de um gaúcho simples e com vergonha daquilo que viu seu estado fazer com a política, mas vem de alguém que pretende, talvez uma única vez, escrever de todo coração - em nome do Rio Grande do Sul.

Milton Simon Pires é médico cardiologista.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

O BRASIL NÃO É MAIS O PAÍS DO FUTEBOL - Alex Campos


Já sabemos que o Brasil não é mais o País do Futebol, falta agora deixar de ser o País do Jeitinho. A goleada sofrida pela Seleção estabeleceu, em apenas um jogo, 20 fatos, marcas ou recordes incríveis - que serão lembrados até depois do Juízo Final.

O legado que fica da Copa é duro: "o fracasso dói, desampara e desencanta"; por isso, convém alertar que o Brasil é maior do que um campo de futebol.

Sendo maior que um campo, o país pode sofrer vexames muito piores em grandes ou pequenas áreas. Daí que o País precisa assimilar pelo menos 7 lições - uma para cada gol que levou.

1ª.- Não se pode apostar tudo num único salvador, num único homem ou numa única mulher.

2ª.- Não se pode acreditar sempre em saídas mágicas, soluções milagrosas ou medidas curandeiras.

3ª.- Não se pode viver eternamente de oba-oba, conversinha, tapinha nas costas ou me-engana-que-eu-gosto.

4ª.- Não se pode ignorar ou desdenhar a crítica, os críticos ou os descrentes, pois eles podem estar vendo o que a soberba, a arrogância e o pedantismo não enxergam.

5ª.- Não se pode desprezar os aprendizados e as conquistas do passado, se elas forem consistentes para o presente e relevantes para o futuro.

6ª.- Não se pode sequestrar valores, torturar vocações e matar tradições que enriqueceram nossa cultura e já fazem parte da nossa História.

7ª.- E Não se pode celebrar improviso ou improvisação, porque, mais cedo ou mais tarde, a vida real vem nos cobrar tudo de uma só vez: foco, método e mérito; treinamento, planejamento, aperfeiçoamento; capacitação, qualificação, organização; competência, eficiência e excelência.

Não necessariamente nessa ordem, mas necessariamente dessa forma!

Se na Copa foi como foi, IMAGINA NA ELEIÇÃO! IMAGINA NA REELEIÇÃO!

Alex Campos  - 10/07/2014

O que realmente mudou?

Documento especial de 1990, sobre o surfe ferroviário. Várias imagens sobre a miséria que é o subúrbio do rio fde janeiro, hoje são poucos os surfistas, mas o que mudou realmente?