A Engenharia alemã gasta neurônios para tentar adaptação às normas e garantir a sobrevivência do veículo no mercado nacional.
A longeva Volkswagen Kombi, que está completando 53 anos de produção no Brasil, quem diria, vai ficar mais moderna. Engenheiros da fábrica de Wölfsburg, na Alemanha, estão trabalhando para tornar viável o desenvolvimento de freios ABS para o modelo. O objetivo é fazer com que a Kombi se adapte à resolução do Contran, que obriga as montadoras a equiparem com o sistema antiblocante 15% dos carros de passeio e comerciais leves já em 2011 — a partir de 2014 todos os veículos terão que sair de fábrica com o equipamento.
A simpática 1951 ‘saia e blusa’ : projeto feito para durar, mas nem a VW esperava tanto | Foto: Divulgação
Mas não é só. Além dos freios antiblocantes, a Kombi também precisará se adaptar a outras necessidades. O utilitário vai precisar ganhar airbags, pois a resolução do Contran também torna obrigatória a disponibilização do equipamento a partir de 2014. Porém, nada parece assustar a VW.
Apesar de cinquentenária, a Kombi já passou por outras transformações no Brasil. A mais recente foi a saída de linha dos motores refrigerados a ar. Em 2006, em função da redução das emissões de poluentes, a VW passou a equipar o modelo motor refrigerado a água, o 1.4 litro Total Flex e 1.6 a gasolina.
Tais transformações na Kombi, por sinal, têm sua razão de ser. Ela é um dos modelos mais vendidos da VW, superando, entre outros, o Polo e o Golf. E um dos principais atrativos da Kombi é o preço — a partir de R$ 42,6 mil.
Kombi ajudou a construir o Brasil
Fruto de um projeto do fim da década de 1940, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Volkswagen Kombi começou a ser fabricada no Brasil, —único país que mantém a montagem— em São Bernardo do Campo, sete anos após do lançamento na Europa. O modelo nacional chegou ao mercado no dia 2 de setembro de 1957, com 50% das peças nacionalizadas — o utilitário foi o primeiro veículo da Volkswagen a ser produzido no país, enquanto o Fusca somente chegou em 1959.
Com visual praticamente idêntico ao da versão alemã, a Kombi brasileira saía, naquela época, equipada apenas com um motor de 1.192 cilindradas, que era capaz de produzir 36 cv de potência. Em conjunto com o câmbio de quatro marchas, a Kombi nacional chegava à velocidade máxima de 100 km/h.
Agora eu quero ver a Kombi resistir aos crash-tests que devem se tornar obrigatórios na brasil daqui a alguns anos.
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