quinta-feira, 22 de abril de 2010

Os pichadores do Cristo



Valores invertidos.

Vocês lembram do João Hélio, aquele garoto de uns 5 anos de idade que foi arrastado alguns Kilômetros por bandidos em um carro no Méier?
Quanto será que ofereceram de recompensa pela denuncia? Será que foi mais ou menos do que para pegar os pichadores do Cristo?Será que foi oferecida recompensa?

Os subúrbios vivem imundos de pichações, as vistas grossas do estado.
Algumas vezes os pichadores são promovidos a grafiteiros e mostrados como um exemplo a ser seguido pela mídia, grandes artistas, principalmente quando são "filhos de alguém".

A uns 3 meses atrás um cobrador de ônibus foi baleado na cabeça num assalto, sem reagir, nem um centavo foi oferecido de recompensa.

O que vale mais a pedra sabão do Cristo, ou o operariado que mantém essa cidade funcionando?

Acho que para a classe média alta a resposta já está estampada abaixo,

"Algumas pessoas aproveitaram que os acessos à estátua do Cristo Redentor estavam impedidos pela chuva, subiram nos andaimes colocados para a restauração e picharam o monumento. Seu ataque aconteceu exatamente uma semana após toda a sociedade ter se mobilizado durante a tragédia das chuvas. Pois a cidade se mobilizou mais uma vez: este anúncio está sendo publicado por cidadãos cariocas indignados, que não querem ver delinqüentes afrontando o Rio de Janeiro. Estamos oferecendo uma recompensa de R$ 5000 reais. Se você tiver alguma informação, ligue para o Disque Denuncia: 2253-1177."

recebi por email de um babaca.
Como se pode ver ele está indignado com as pichações no Cristo, mas nem uma palavra se fala sobre os outros problemas de lei  ordem que temos na cidade do Rio de Janeiro.




Aliás o pichador se entregou ...., vai pagar umas cestas básicas e dividir a recompensa com um amigo, com o qual ele combinou ser denunciado...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que realmente mudou?

Documento especial de 1990, sobre o surfe ferroviário. Várias imagens sobre a miséria que é o subúrbio do rio fde janeiro, hoje são poucos os surfistas, mas o que mudou realmente?