quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Economistas suspeitam de uma bolha imobiliária no Brasil


 
Inebriados por anúncios, jornais e revistas alimentam, entre a sociedade, sensação de que cotações dos imóveis subirão para sempre
Inebriados por anúncios, jornais e revistas alimentam, entre a sociedade, sensação de que cotações dos imóveis subirão para sempre
Um dos profetas da crise das hipotecas nos Estados Unidos, o professor Robert J. Shiller, Yale University, autor do livro Exuberância Irracional, disse suspeitar ”que haja uma bolha imobiliária no Brasil”, em palestra promovida em setembro pela BM&FBovespa. Ele apontou o aumento ininterrupto dos preços imobiliários, nos últimos cinco anos, enquanto ocorre exatamente o oposto nos países mais ricos, em crise. O professor, também ganhador do Nobel de Economia de 2013, questionou se os preços brasileiros são regidos por “fundamentos econômicos ou por um movimento psicológico”?
A resposta é difícil e muitas teorias se confrontam para respondê-la. Mas uma brincadeira inteligente e bem humorada do blog Tem algo errado ou estamos ricos?? expõe mais uma faceta da especulação com preços, que pode ser sentida na maior parte das metrópoles brasileiras. Embora sem pretensão estatística, o blog que ganhou notoriedade nas ultimas semanas compara a impressionante diferença de preços e condições entre alguns imóveis no Brasil e em países economicamente mais ricos. Vale ver e refletir.
Casas em Malmo (litoral da Suécia) e Bauru-SP. Ambas com 3 dormitórios, pelo preço de R$ 155 mil, segundo a imobiliária Gilar no Brasil e a Hemnet na Suécia. Casa em Miami com 254 m², por 400 mil dólares na imobiliária Trulia (R$ 907 mil) e casa em Florianópolis com 250 m², por R$ 1 milhão, segundo ImovelWeb.
Casa em Las Vegas com 3 quartos, por US$ 90 mil (R$ 204 mil), segundo o siteTrulia e casa em Recife também com 3 quartos, por R$ 220 mil.
Todos os preços foram verificados no conversor de moedas do Yahoo Finanças.
Para Schiller a bolha nasce pelo contagiante sentimento de que é fácil ganhar dinheiro, e pelo entusiamo imobiliário alimentado pela mídia, que sugere a possibilidade de alta prolongada. Faz sentido, já que o desemprego esta num dos patamares mais baixos da história do país, e a propaganda de imóveis inunda as páginas de revistas e jornais, amenizando um pouco sua crise…

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que realmente mudou?

Documento especial de 1990, sobre o surfe ferroviário. Várias imagens sobre a miséria que é o subúrbio do rio fde janeiro, hoje são poucos os surfistas, mas o que mudou realmente?