Fiquei
emocionado com a reação dos paraguaios. O Paraguai de tantas mazelas,
nos da um exemplo como este. Sonho com o dia em que um politico corrupto
ao entrar em um estabelecimento provoque a saída de todos os que estão
presentes. Esta classe de vagabundos não merecem nosso respeito, os
paraguaios já perceberam isso.
Que
morram todos a míngua, tomara que nenhum paraguaio se sensibilize com
estes vermes. E tomara que o Brasil seja contaminado por esta onda;
assim, quem sabe, não apareça nenhum infeliz para dar emprego para
político corrupto em hotel.
Comportamento também é repetido por hospitais, postos de gasolina e todo tipo de comércio
A
ira dos cidadãos contra a impunidade dos políticos corruptos explodiu
de forma inédita e imprevista no Paraguai, onde mais de uma centena de
estabelecimentos, como bares, restaurantes e cinemas, proibiram a
entrada de alguns senadores acusados de proteger casos de nepotismo.
A
medida, que também é aplicada por hospitais particulares, postos de
gasolina e todo tipo de comércio de Assunção e outras cidades, começou a
tomar forma na semana passada, quando os 23 congressistas afetados pelo
repúdio votaram contra a perda de imunidade de Víctor Bogado, senador
do governante Partido Colorado.
No
entanto, o pavio da indignação se acendeu espontaneamente na
sexta-feira (22) passada após uma manifestação de cerca de três mil
pessoas em frente ao Congresso, ao qual acusaram de salvar Bogado de
enfrentar a Justiça.
A
procuradoria tinha pedido que o senador fosse investigado por contratar
supostamente com dinheiro público a babá de seus filhos. O veto aos
políticos relacionados com casos de corrupção começou algumas horas após
o protesto, quando o também colorado senador Óscar González Daher, do
"grupo dos 23", foi expulso de uma pizzaria, entre xingamentos e gritos
de "fora ladrão".
Daher
chegou acompanhado de uma mulher e, logo após sentar-se, começou o
murmúrio das pessoas. Em seguida um garçom se aproximou para pedir-lhe
que deixasse o local porque "não são bem-vindos os senadores que votaram
contra a perda de imunidade de Víctor Bogado". Desde então começaram a
proliferar em diversos estabelecimentos cartazes contra a impunidade e a
corrupção, seguidos de reações similares às da pizzaria.
Além
disso, outros dois senadores foram insultados por cidadãos, um quando
assistia a um funeral e outro quando comia em um exclusivo restaurante.
"Não se trata só do repúdio a um caso concreto de corrupção, mas à
percepção que os políticos podem delinquir com total impunidade",
declarou à Agência Efe María Cristina Dulce, gerente do restaurante
Lido, que com mais de 60 anos de história a e poucos metros do Congresso
também uniu-se à iniciativa.
Não
muito longe, no emblemático restaurante Bolsi, uma ex-candidata a Miss
Paraguai que também trabalha para Bogado foi obrigada a sair pelos
clientes pelos e donos do lugar. Em um vídeo postado na internet é
possível ver como os clientes do restaurante aplaudem enquanto a jovem,
após ser chamada ladra, se levanta e sai com a cabeça baixa.
"O
povo já não aguenta mais, não são bem-vindos. Se isto continuar assim,
não vão ter onde comer", disse à Efe Pedro Valente, proprietário do
Bolsi, onde fotocópias com os rostos e nomes dos 23 senadores acusados
de proteger Bogado estão penduradas nas paredes.
A
ex-candidata a miss e a já famosa "babá de ouro" de Bogado, que
supostamente recebem o equivalente a entre R$ 2,5 mil e R$ 4 mil sem
função conhecida, são apenas dois exemplos da inumerável lista de casos
denunciados pela imprensa. As denúncias de nepotismo não cessam contra
os membros do novo Parlamento paraguaio, uma instituição superpovoada de
postos de confiança onde familiares e próximos de suas senhorias
encontram trabalhos tão singulares como preparar-lhes o tereré, a
popular bebida de mate e água fria do Paraguai.
Alguns
dos congressistas, pouco acostumados a sentir a pressão popular,
tentaram deslegitimar a medida tachando o protesto de "injusto" e
inclusive insultando os que o empreendem, como fez o senador governista
Oscar Tuma, que reproduz um texto repleto de impropérios contra os
cidadãos em seu site.
Porém,
a Igreja Católica e as organizações empresariais mais importantes como a
ARP (Associação Rural do Paraguai) e a UIP (União Industrial Paraguaia)
criticaram a "conduta corporativa" dos senadores.
fonte:
http://noticias.r7.com/internacional/indignados-com-corrupcao-paraguaios-proibem-entrada-de-politicos-em-bares-restaurantes-e-cinemas-23112013
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