terça-feira, 8 de julho de 2014

Vergonhoso e decepcionante

Existem pessoas que entendem estar acima e além da sociedade, da multidão, quer dizer, do mundo à sua volta. Um exemplo dessa distorção é o ministro Luis Roberto Barroso, do STF, declarou que “não julga para a multidão”, isto é, suas sentenças são exaradas sem que ele se preocupe com os jornais do dia seguinte.
O novato juiz confunde opinião publicada com opinião pública. Despreza as duas. Ora, Como ficar insensível dando seu voto a favor dos réus julgados em detrimento do sentimento coletivo. Esta não erra nunca. É a expressão do sentimento geral. Como alijá-la de qualquer ação humana, mesmo a sentença de um juiz?
Barroso tem se esmerado em pronunciamentos variados, não deixando passar qualquer oportunidade de expor seus pontos de vista. Trata-se de defeito ou virtude de quantos ingressam em  nova atividade, sentindo-se intimidados ou imaginando-se superiores ao colegiado que passam a integrar.
Começa que o novo ministro, assim como seu colega Teori Zavascki, deveriam ter-se considerado impedidos para participar do julgamento do mensalão. Não integraram o colegiado que aceitou as denúncias do MP, não analisou a ação dos acusados, ou tomou-lhes os depoimentos ou ouviu-lhes as defesas, num penoso trabalho  estendido por longos meses, até as sentenças finais. Pois bem, caíram ambos de paraquedas no processo, afastando-se por impertinente o fato de que com seus votos favoreceram o PT, partido da presidente que os indicou.
O que não dá para entender é o açodamento de ambos  em envolver-se num julgamento já concluído, procurando retificar seus rumos.
Ministros como Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Rosa Weber dispuseram de experiência e de razões jurídicas para votar como votaram. Barroso e Zavascki, não. Mesmo se tivessem se pronunciado contra os embargos infringentes, faltar-lhes-iam argumentos.
Fica patente que os doutos Barroso e Teori não caíram à toa de paraquedas. Foram magistral e propositadamente lá colocados exatamente para esse fim. Livrar os réus ou postergar a execução das sentenças ao extremo. A troco de quê? De aceitarem submissamente e por questão de “ética” obrigatoriamente votariam em favor dos réus como primeira parcela do pagamento pela toga.
Todos já sabem. O ministro Barroso, além de ter sido feito ministro pelas mãos do PT, teve o ganho de mais de R$ 2.000.000.00 (DOIS MILHÕES) de reais sem licitação para sua banca de advocacia.
 
É triste e decepcionante ver o anseio do povo e o STF nessa situação.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que realmente mudou?

Documento especial de 1990, sobre o surfe ferroviário. Várias imagens sobre a miséria que é o subúrbio do rio fde janeiro, hoje são poucos os surfistas, mas o que mudou realmente?