Prof. Marcos Coimbra
Membro
do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa
e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.
Verificamos o grau de clarividência do genial autor do livro 1984, Eric
Blair (George Orwell), observando o mundo atual A teletela imaginada
por ele já está quase presente em países ditos democráticos, sob a
justificativa de garantia de segurança, através de milhares de câmeras
de transmissão de imagens, a exemplo da série “Person of Interest”.
Falta apenas transmitir imagens das pessoas que simultaneamente recebem o
sinal, o que ainda não é possível.
O
“crimidéia” é praticado às escancaras principalmente em países próximos
a nós geograficamente, do grupo bolivariano, em nome da “democracia
plebiscitária”, que exige mobilização popular permanente, manipulada por
aqueles que estão no poder. As Instituições são erodidas,
aproveitando-se o baixo nível de educação da massa de eleitores, bem
como a formidável máquina de pressão daqueles que, aproveitando-se das
fragilidades do regime democrático, vão progressivamente implantando o
totalitarismo no país.
De início, dominam o Executivo, apossando-se de milhares de cargos de
confiança. A seguir, cooptam o Legislativo, eliminando a oposição
porventura existente. O Judiciário vai sendo paulatinamente controlado,
por intermédio da nomeação dos principais integrantes dos Tribunais
Superiores.
A
recente nomeação dos dois novos ministros do Supremo já inverteu a
tendência anteriormente expressa pelo plenário, em especial no tocante a
quem cabe cassar o mandato de congressistas condenados. É indício de
outras alterações quanto a decisões anteriores, as quais passam agora a
serem fruto da composição eventual da Corte. Possivelmente haverá a
tentativa, com sucesso, de realizar um novo julgamento dos “mensaleiros”
com graves consequências para a credibilidade do Poder Judiciário. Aos
empresários são permitidos lucros vultosos, através de concessões
indecentes, licitações dirigidas e ausência de regulação e fiscalização.
A massa do eleitorado é enganada por ações eminentemente eleitorais,
com bolsas de diversos tipos, com a finalidade de ganhar eleições.
Promessas são esquecidas e a verdadeira classe média é cada vez mais
penalizada. Tudo isto provoca uma indignação generalizada no povo e seus
perigosos desdobramentos, que ninguém pode prever até onde chegará.
Vão obtendo vitórias progressivas, aumentando seu poder. Inicialmente,
fazem alianças espúrias com partidos sem ideal ou filosofia,
eminentemente fisiológicos, para manter a maioria no Congresso,
viabilizando o chamado “presidencialismo de coalizão”, origem dos
maiores escândalos da República. À medida que vão se fortalecendo,
iniciam o processo de descarte dos eventuais aliados. Exemplo flagrante
disto é o desigual tratamento oferecido quanto a denúncias de corrupção
no ministério. Os ministros pertencentes aos partidos dos eventuais
aliados foram demitidos ou forçados a solicitar demissão enquanto os
“companheiros”, acusados de delitos tão ou mais graves continuam em seus
postos.
A mídia amestrada exerce seu nefasto papel, praticando o visualizado
por George Orwell, confundindo e desvirtuando os acontecimentos. A
corrupção passa a ser regra. As distorções de gênero são incentivadas. A
coesão social é destruída. A Família e a Escola sofrem tenaz campanha
de desmoralização. Impera a ditadura do politicamente correto. A última
Instituição Nacional (Forças Armadas) capaz de reagir contra a
implantação do totalitarismo é minada por ações subrreptícias, através
do desvio de suas funções constitucionais, sob permanente ataque direto e
indireto dos ressentidos com seus sucessos e via seu constante
enfraquecimento. A anomia se espalha. Os cúmplices de hoje serão as
vítimas de amanhã.
O brutal exemplo das últimas ações praticadas contra a liberdade de
imprensa e o livre pensamento na Argentina, Venezuela e Equador é
preocupante e esclarecedor. Prenuncia aquilo que deverá ocorrer no
Brasil, caso os atuais detentores do poder político no país consigam a
reeleição, hipótese a mais provável, considerando a fragilidade da
“oposição”, apesar do fracasso gritante da atual administração. Falta
consenso para apresentação de candidatos competitivos, comprometidos com
os interesses nacionais. Inexiste estratégia hábil para levar a eleição
para o segundo turno, de modo a propiciar ao eleitorado a opção por um
candidato mais comprometido com os Objetivos Nacionais Brasileiros.
Como evitar a ditadura constitucional é o grande desafio a ser vencido por nós, brasileiros.
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 13.08.13-MM).
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