Existem
pessoas que entendem estar acima e além da sociedade, da multidão, quer
dizer, do mundo à sua volta. Um exemplo dessa distorção é o ministro
Luis Roberto Barroso, do STF, declarou que “não julga para a multidão”, isto é, suas sentenças são exaradas sem que ele se preocupe com os jornais do dia seguinte.
O
novato juiz confunde opinião publicada com opinião pública. Despreza as
duas. Ora, Como ficar insensível dando seu voto a favor dos réus
julgados em detrimento do sentimento coletivo. Esta não erra nunca. É a
expressão do sentimento geral. Como alijá-la de qualquer ação humana,
mesmo a sentença de um juiz?
Barroso
tem se esmerado em pronunciamentos variados, não deixando passar
qualquer oportunidade de expor seus pontos de vista. Trata-se de defeito
ou virtude de quantos ingressam em nova atividade, sentindo-se
intimidados ou imaginando-se superiores ao colegiado que passam a
integrar.
Começa
que o novo ministro, assim como seu colega Teori Zavascki, deveriam
ter-se considerado impedidos para participar do julgamento do mensalão.
Não integraram o colegiado que aceitou as denúncias do MP, não analisou a
ação dos acusados, ou tomou-lhes os depoimentos ou ouviu-lhes as
defesas, num penoso trabalho estendido por longos meses, até as
sentenças finais. Pois bem, caíram ambos de paraquedas no processo,
afastando-se por impertinente o fato de que com seus votos favoreceram o
PT, partido da presidente que os indicou.
O
que não dá para entender é o açodamento de ambos em envolver-se num
julgamento já concluído, procurando retificar seus rumos.
Ministros
como Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Rosa Weber dispuseram de
experiência e de razões jurídicas para votar como votaram. Barroso e
Zavascki, não. Mesmo se tivessem se pronunciado contra os embargos
infringentes, faltar-lhes-iam argumentos.
Fica
patente que os doutos Barroso e Teori não caíram à toa de paraquedas.
Foram magistral e propositadamente lá colocados exatamente para esse
fim. Livrar os réus ou postergar a execução das sentenças ao extremo. A
troco de quê? De aceitarem submissamente e por questão de “ética”
obrigatoriamente votariam em favor dos réus como primeira parcela do
pagamento pela toga.
Todos
já sabem. O ministro Barroso, além de ter sido feito ministro pelas
mãos do PT, teve o ganho de mais de R$ 2.000.000.00 (DOIS MILHÕES) de
reais sem licitação para sua banca de advocacia.
É triste e decepcionante ver o anseio do povo e o STF nessa situação.
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