É o caso da matéria da revista VEJA, em anexo, datada de 05/03/2014.
O Sr. José Maria Rangel, representante dos empregados no Conselho de Administração da PETROBRAS, nos expôs como egoístas, preocupados apenas com o nosso bem estar na questão do reajuste de preço da gasolina.
Apesar de nos representar legalmente, ele não possui o cheque em branco dado pelos empregados para proferir tamanha asneira.
Garanto que a preocupação dos empregados foi e sempre será com a empresa, não só pelo amor ao país mas também por tirarmos da PETROBRAS o nosso sustento e o das nossas famílias.
Está mais do que na hora de travarmos uma discussão séria e consequente sobre qual o verdadeiro papel social de uma empresa cujo acionista majoritário é o Estado Brasileiro.
Entendo que a PETROBRAS tem um importantíssimo papel social quando, além de todo desenvolvimento que trouxe ao Brasil, em todas as áreas profissionais, repassa a maior parte do lucro para o acionista majoritário.
Se o governo não cumpre a sua função de utilizar estes bilhões para a Saúde, Educação, Segurança, Transporte e desenvolvimento em geral o problema é nosso, dos cidadãos - e não da PETROBRAS, uma Sociedade de Economia Mista.
Portanto, esta questão da preocupação com o aumento da inflação, em função de um reajuste dos preços dos combustíveis, é muito mais uma atribuição governamental.
Muitos dizem que a PETROBRAS quer o reajuste para repassar o lucro para os acionistas estrangeiros e isto não é verdade, até porque, repito, o lucro maior vai para o Estado Brasileiro.
Ela, quer sim, o reajuste dos preços para tocar e realisar seu imenso e vultuoso programa de investimentos garantindo renda, emprego e trabalho para os brasileiros.
De que adianta a empresa não ter reajustado os seus preços e ser inviabilizada nos investimentos que retornarão em lucro para a própria sociedade?
Como pode qualquer empresa comprar um produto por um determinado preço e vender este mesmíssimo produto (no caso a gasolina) por muitos anos mais barato para sustentar o projeto político de um determinado governo?
Parece-me, das duas uma:
- Ou o governo quer deixar passar as eleições para depois reajustar os preços dos combustíveis, como está fazendo com a energia, em que pagaremos muito caro a partir de 2015;
- Ou o governo pretende inviabilizar a PETROBRAS, para a União ter a desculpa, em futuro próximo, vender as ações que lhe dão o controle da empresa, deixando de ser o acionista majoritário, o que seria o mesmo que privatizar.
Sei da importância dos preços dos combustíveis para toda a economia do país e de seus reflexos na inflação; também sei que, se houver decisão governamental, a PETROBRAS terá um reajuste nos seus preços e os mesmos não serão repassados para o consumidor,
bastando para isso, diminuir a carga tributária tão alta aplicada nos preços.
Por melhor que seja a ação desta Gestão no tocante a otimização de custos (PROCOP) e por mais que se aumente a produção, se levará muitos anos - médio a longo prazo - para que a PETROBRAS saia desta situação de total fragilidade financeira, com repercussão na queda do valor das ações.
A não ser que a ideia seja vender bem barato o controle acionário.
Admitindo-se para o BOM DEBATE, que o reajuste de preço seria repassado ao consumidor, prefiro não "Encher o Tanque", ou mesmo deixar o carro na garagem por alguns dias, utilizando coletivos, a ver a PETROBRAS perder totalmente o seu papel social em distribuir dividendos que seriam utilizados pelo Estado para o benefício de toda a sociedade, a ter a empresa quebrada e depois privatizada.
Outro fator que me leva a não ter medo desta discussão e a defender o reajuste de preços, é que todos os governos, direita, esquerda, centro e o diabo que os carregue, sempre usaram da desculpa da inflação para sangrar a empresa, que é historicamente o alicerce do nosso crescimento enquanto nação.
Não vejo, a curto prazo, outra medida a ser tomada.
O que os colegas preferem?
- Encher o tanque com gasolina barata mantendo o aparente controle inflacionário?
- Ou reajustar o preço dos combustíveis e manter a PETROBRAS Brasileira e para os Brasileiros investindo cada vez mais aqui no Brasil?
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