sexta-feira, 4 de julho de 2014

TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS

Não é difícil de entender, boa parte dos jornalistas de renome que hoje ascenderam a posições de destaque, tiveram sua formação nos anos do regime militar. Estranhamente, os militares não se prepararam doutrinariamente para pelo menos competir no mundo acadêmico. Lá, a oposição romântica ao que era entendido tomou foros de catecismo. Principalmente porque foi habilidosamente trabalhado por grupos minoritários altamente treinados a mudar mentes.
Esta sedução tem um exemplo clássico, o do grupo de Cambridge, na Inglaterra: a fina flor da intelligentsia britânica, com acesso aos mais secretos redutos do establishment aliado, foi habilmente recrutada pelos soviéticos e repassou a eles, durante anos de espionagem, praticamente tudo que os americanos repartiam com os britânicos. Procure em Kim Philby na net para saber dos detalhes.
A Rolls Royce desenvolveu um motor a jato excepcional, o Nene. A indústria aeronáutica soviética estava sem saída para o salto da propulsão a hélice para a propulsão a jato. Os trabalhistas haviam assumido o governo britânico com Clement Attlee. Em pouco tempo, mataram a pequena e média indústria. Com a “colaboração” da espionagem pró URSS, o governo trabalhista não apenas liberou o motor Rolls Royce, como cedeu licença para fabricação pelos russos. Stálin, ao ser informado no início das negociações secretas, duvidou que pudessem acontecer:
– Que imbecis podem entregar a outros os seus segredos?
Mas aconteceu. Baseado nos quarenta motores e nos planos de fabricação, o engenheiro Vladimir Yakovlevich Klimov construiu o motor que impulsionou o extraordinário Mig 15, fabricado em massa na URSS e responsável por grandes dores de cabeça dos ocidentais, sem falar dos muitos britânicos que perderam a vida por causa dele...
Pois é. Misture quimeras utópicas, mesmo que irrealizáveis e falidas, com idealismo e a possibilidade de mudar os destinos do mundo – ou mesmo do país – atribuindo a culpa radicalmente a grupos antipatizados (até pelo complexo de inferioridade) e toda uma geração olha tudo pelo mesmo viés. As ideias são como o bumerangue velho do australiano. Não dá para jogar fora. Com o tempo, deixam de ser ideias e viram preconceitos. Principalmente porque quimeras são românticas, têm apelo. Vira moda condenar a priori tudo que usa farda ou exaltar direitos sem vinculá-los a deveres.
Eu passo a ter direito a tudo, ainda que nem pense que deva cumprir deveres para ter direitos.
Em vez de mérito, temos um sistema totalitário de igualitarismo.
É muito diferente do dia a dia, da realidade, aquela em que temos que pagar contas.
Não vê esses PeTralhas? Vivem em que mundo? O que não paga as contas? O que divide aquilo que é de todos com os integrantes da quadrilha? Pior ainda: vivem um mundo em que a competência não conta. Vivem em um mundo em que a consciência dá lugar à conveniência. Os princípios são substituídos pela subserviência em troca da conivência.
Que se danem os que terão que pagar as contas. Azar o deles. Quem mandou não aproveitarem?
Pobres futuras gerações. Vai sobrar para elas...
Voltando aos jornalistas, aos poucos vemos como a decepção progressiva faz com que mudem de atitude, a não ser os regiamente sustentados pela camarilha reinante (que gostoso é usar a cartilha deles contra eles!). Mas é preciso entender que, embora o processo de infecção seja rápido, a desintoxicação é bem mais lenta. Muito mais ainda no processo mental. Desprender-se de crenças falidas não é fácil. O coração fala mais alto do que o cérebro. Mas você pode ver que o processo de eliminação das toxinas ideológicas dos jornalistas é nítido. Aconteceu inclusive no grupo dos ideólogos honestos da esquerda, dentro do próprio PT.
O problema será que a palavra deles, a decepção que tiveram, seja capaz de encontrar caminhos para expressar-se no mundo da comunicação subvencionada pela quadrilha com a chave do cofre...
Que eles vão falir, isso não resta qualquer dúvida.
Meu único receio é a polarização. Pela lei de Newton, toda reação gera reação no sentido contrário e na mesma intensidade. Com o crescendo que vemos nas redes, temo que cheguemos ao ponto de ruptura. Aí, mano, não dá para prever outra consequência que não a violência irracional.
Espero, sinceramente, que esteja errado.
    Interessante estudo sob re o comportamento humano

    TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS
     
    Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência de psicologia social.  Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia.  Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.
    Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas.  Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc.  Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram.  Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.
    Mas a experiência em questão não terminou aí.  Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto.  O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre.  Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso? Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.
    Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma idéia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”.  Cada novo ataque que a viatura so fre reafirma e multiplica essa idéia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.
    Baseados nessa experiência, foi desenvolvida a ‘Teoria das Janelas Partidas’, que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.
    Se se cometem ‘pequenas faltas’ (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves.  Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.
    Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas, estes mesmos espaços são progressivamente ocupados pelos delinquentes.
    A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade.  Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens.  Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
    Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’.  A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às norm as de convivência urbana.  O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.
    A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança.  Não se trata de linchar o delinqüente, pois aos dos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero.
    Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.  Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.
    Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos.
    A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.
    Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.
     
    Já é bem conhecida, a 'Teoria da Janela Quebrada', as bases da 'Tolerância Zero" de Nova York. Mas aqui, neste Brasil de PTralhas e simpatizantes, e outros grupetos mais que se escondem no fundo do 'socialmente correto', fica difícil aplicar estas práticas da 'Janela Quebrada' e 'Tolerância Zero'. Pois aqui, a anarquia e a desordem social programática, tem amparo nas leis da ordem da desordem social.
    Olha os 'rolezinhos' aí, sendo considerados como fenômeno cultural!!! Esta é a cultura PTralha que instiga a desordem social, desrespeito ao patrimônio público e privado, que seriam amparados por leis constitucionais. Atropelamos tudo de virtudes e valores morais e sociais. A mídia ajuda bastante neste processo de desordem pública, social e cultural, que não quer parar.

    Vi um exemplo notável disto aqui no Rio de Janeiro.
    Os trens da EF Central do Brasil, depois de séculos de descaso e demagogia do poder público (exatamente como previu Monteiro Lobato em Mr. Slang e o Brasil), eram uma vergonha. Depredados, pixados, imundos, janelas quebradas e até sem portas que funcionassem. Quando foi inaugurado o Metrô, com os vagões limpinhos, bonitos e refrigerados, a mudança espelhava exatamente o contraste entre os dois meios de transporte. O mesmo passageiro que depredava o trem comportava-se como um ser civilizado. Era automático, sem que ninguém obrigasse ou fosse pela presença de policiamento ostensivo.
    Foi algo muito comentado na época e objeto de “estudos sociais”. Provavelmente, como trabalho sério não interessava aos poderes constituídos, estes simplesmente ignoraram por estupidez crassa, descaso criminoso ou porque tinham coisa mais importante para fazer, como enriquecer às custas do dinheiro público... Mais ou menos como hoje, mano.
    Há pouco, estive no Peru e na Venezuela. O aeroporto venezuelano é a instituição do caos. O do Peru, um modelo de organização.
    Não há como não pensar que a destruição do tecido social engendrado pelos PeTralhas, a pretexto de “justiça social”, seja intencional. A esculhambação, a inversão de valores, a desorganização, a mensagem destorcida, a mentira e a irresponsabilidade geram uma desesperança generalizada, quase escatológica. Nada mais do que Lênin & Gramsci Ltda. Quanto mais esculhambação, melhor. Daí os aloprados e os inconsequentes em tantos ministérios...
    Na verdade, somos reféns, aprisionados em nossos princípios por bandidos que de princípios não têm nem sombra.

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